Família procura por comerciante desaparecido em São Gonçalo


“Como que uma pessoa pode sumir assim e ninguém ver?” Essa é a frase de desespero da comerciante Andréia Silva, de 42 anos, que busca encontrar seu companheiro André Augusto Ferreira Costa, que está desaparecido desde a madrugada do dia 18 de abril, quando o casal teve um desentendimento. Depois disso, nem a mãe e o irmão de André o viram.  

 



André Augusto Ferreira Costa



André Augusto Ferreira Costa | Foto: Divulgação





 

  

Andréia contou que o casal, que está junto há 7 anos, morava em Neves há cerca de um ano. Ambos são donos de uma barraca de caldos na região e possuem muitos amigos por lá. Eles resolveram sair, no domingo, dia 17 de abril, e foram celebrar uma partida de futebol com amigos, depois eles foram para um pagode perto de casa e lá discutiram.  

  

“Ele foi para casa depois do desentendimento e eu fiquei no pagode. Depois ele retornou para lá, me encontrou e pediu a carteira dele, retornando para casa. 1h32 da manhã ele me mandou mensagem pelo WhatsApp e eu não respondi. Quando cheguei em casa, ele estava no portão com uma mochila, mexendo no celular.  Ele veio na minha direção, a gente “bateu boca” novamente e eu entrei dentro de casa, isso levou uns 4 minutos, quando eu saí de novo da casa, ele já não estava mais na rua e tinha um carro parado na frente da nossa residência, um carro claro, entendi ali que poderia ser um motorista de aplicativo. O carro deu partida uns minutos e eu não consegui ver se era ele dentro do carro, mas depois fui no ponto de ônibus e não o encontrei e a rua estava deserta. Então, acredito que sim. Ele foi embora com uma mochila de roupas. No dia seguinte, eu procurei o irmão dele, que disse que ele não estava lá. Quando ele sumia depois de brigas, eles sempre ia para a casa da mãe que é a mesma do irmão e dessa vez não”, contou Andréia.  

  

 



“Como que uma pessoa pode sumir assim e ninguém ver?”, questiona Andréia



“Como que uma pessoa pode sumir assim e ninguém ver?”, questiona Andréia | Foto: Filipe Aguiar





 

Depois disso, Andréia e o irmão de André tentaram mandar mensagem para ele, inclusive SMS. As mensagens só chegaram no celular dele no mesmo dia à tarde, mas ele não respondeu e, depois disso, a foto do WhatsApp dele foi retirada para todos os contatos. Desde então, ninguém o viu, ninguém sabe dele, nenhum amigo tem notícias, nem a família. Ele nunca ficou tanto tempo sumido.  

  

“Nem no Facebook, que ele sempre usava, tem atualizações dele. Esperamos um tempo pra ver se ele ia retornar, mas não tivemos notícias. Até que registramos o desaparecimento na delegacia e começamos a procurar em hospitais como o Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT) e o Pronto Socorro de São Gonçalo, mas não encontramos nada. Aqui na delegacia soubemos que ninguém deu entrada nos IMLs com o corpo com as características dele, preso ele não foi, divulgamos também nas redes sociais e não há informações. É agoniante não saber nada. Todos os amigos estão mobilizados. Como uma pessoa some dessa forma e ninguém viu? Por mais que a gente tente ter um pensamento positivo, o negativo vem junto, pois não temos nenhuma informação. Ele tinha intenção de sair de casa, fez uma mala de roupas e tudo, tomou banho, se arrumou, mas não deu notícias nem para a família”, contou ela.  

  

Andréia disse também que André é MEI e teve um dinheiro disponibilizado pelo banco. Andréia não sabe se ela pegou essa quantia, mas quando ele sumiu. “Uma pessoa boa, que sempre foi na dele, reservado, não tinha problema com ninguém, só ficava um pouco agitado quando bebia, mas não tinha inimizades. Não sei o que houve”, afirmou ela. 

 



André sumiu após desentendimento



André sumiu após desentendimento | Foto: Filipe Aguiar





 

  

André sumiu com uma mochila marrom/bege, vestido com uma calça jeans e um tênis preto. Andréia não lembra a cor da blusa na qual ele estava. Ele possui os nomes de suas filhas tatuados um em cada braço, sendo elas Bianca e Beatriz. “Nem as filhas dele sabem de nada. Meu telefone não para de tocar, toda hora é alguém ligando, perguntando se o encontrei. Estamos todos preocupados”, afirmou.  

  

O caso foi registrado no Setor de Descoberta de Paradeiros da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), que segue investigando. Procurada, a Polícia Civil ainda não deu informações das atualizações do caso.  

 Andréia pede que quem tiver qualque



Fonte: O São Gonçalo