escola virtual e gratuita de economia criativa para jovens chega ao Rio nesta sexta


Depois da estreia nacional, no último dia 12 de novembro, o Rio de Janeiro é a cidade escolhida para o primeiro lançamento regional da Co.Liga, escola virtual e gratuita voltada para jovens a partir de 18 anos, em especial para aqueles em vulnerabilidade social. A escola é realizada por meio de uma parceria entre a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e a Fundação Roberto Marinho (FRM).

Os 32 cursos são divididos em cinco áreas: patrimônio, música, multimídia, design e artes visuais. As aulas vão desde fotografia, design para web e roteiro audiovisual até turismo para cidades criativas, produção musical e produção de infográficos. A duração é, em média de 40 horas para cada curso. As inscrições são feitas em coliga.digital.

Até agora, são mais de 700 jovens cadastrados, dos quais cerca de 500 estão matriculados em algum curso. Depois do Rio, o Co.Liga regional será lançada em Recife, Pernambuco, no dia 10, e em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em janeiro. No Ceará, houve um pré-lançamento há algumas semanas, e São Paulo e Brasília, por exemplo, estão no radar.

— A ideia é mobilizar os jovens, as autoridades e as empresas locais. Os eventos são para conectá-los — explica João Alegria, gerente geral do Led da Fundação Roberto Marinho.

Segundo ele, o objetivo da escola virtual excede a capacitação de jovens, por isso, a importância de envolver setores públicos e empresas para que, além de aprender uma profissão, contem com suporte e estrutura e sejam absorvidos pelo mercado de trabalho. Algumas companhias contribuem provendo conteúdo para os cursos e mentorias. Outras são mantenedoras ou divulgam as suas vagas de emprego na plataforma Co.Liga.

Alegria adianta que a fundação tem interesse em instalar uma formação técnica em nível médio com foco em economia criativa, mídia e tecnologia na região do Porto Maravilha em parceria com a Fundação Darcy Vargas.

João Alegria, da Fundação Roberto Marinho
João Alegria, da Fundação Roberto Marinho Foto: Divulgação

— Trata-se de uma escola livre e digital, mas parte da formação presencial desse curso técnico será por meio da Co.Liga. A ideia é que tenha um laboratório ali. A Co.Liga acredita que ter parceiros nos locais, para onde jovens podem buscar wi-fi e computadores, potencializa oportunidades.

Raphael Callou, diretor e chefe da representação da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), reforça a intenção de que outras cidades tenham pontos físicos como centros de apoio para os estudos dos jovens.

— Sabemos que o acesso à tecnologia ainda é restrito. Temos feito esta provocação em São Paulo, no Distrito Federal.

Callou explica que, além dos cursos, os jovens terão acesso a mentoria, editais e vagas de emprego, através de gameficação, um recurso para prender a atenção do público mais novo. O primeiro edital inclusive é para fazer a vinheta do próprio Co.Liga.

— O esforço é tentar garantir a mobilização dos diferentes atores. Tanto daqueles que são o público-alvo, os jovens de 18 anos em situação de vulnerabilidade, como a rede de coligados que se compromete em alavancar e fomentar para quem participa dos cursos ter acesso às vagas.

Callou Neves: cultura gera emprego e negócios, e reduz desigualdades
Callou Neves: cultura gera emprego e negócios, e reduz desigualdades Foto: Divulgação

Sexta-feira, às 17h

O evento desta sexta-feira será no Museu de Arte do Rio, às 17h, e vai reunir a Secretaria de Cultura do Rio, gestores e Conselhos Municipais de Juventudes de todas as regiões do estado, organizações da sociedade civil e lideranças comunitárias. O encontro tem o apoio do Conjuve, Forjuve, JUV RIO e Cojuerj. Callou participa da mesa de debate “Panorama da economia criativa num recorte nacional e internacional”. Já Alegria fala sobre “A solução CO.LIGA e a inclusão produtiva”. Por sua vez, a assessora de economia criativa na Secretaria de Cultura do Rio, Ana Cristina, vai abordar o tema de políticas públicas, e Erinaldo Batista das Chagas, superintendente de Juventude do Estado também participará.

Isabela Souza, diretora do Observatório de Favelas, por sua vez, discute sobre “Economia criativa e impacto social” e Salvino Oliveira, que é secretário de Juventudes do Rio, fala sobre “Juventudes e territórios”.

O encontro, que está previsto para ir até 18h30, também tem a presença de Larissa Garcez, representante da Forjuve, abordando a questão da “Descentralização da cultura e a potência da economia criativa no Estado do Rio de Janeiro” e de Taísa Machado, do Afrofunk Rio, trazendo a perspectiva de gênero e afrocentricidade na economia criativa.

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Fonte: G1