Técnicos de enfermagem e enfermeiros compõem as Comissões de Curativo das principais unidades de saúde do Estado. Oferecido em hospitais estaduais como o João Batista Cáffaro, em Itaboraí, o Roberto Chabo, em Araruama, e o Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, o serviço das comissões tem feito a diferença no tratamento de feridas complexas, crônicas e até de difícil solução.
De acordo com os profissionais, os objetivos do curativo são a proteção da ferida, prevenção de infecção e facilitação do processo de cicatrização. Conforme a intensidade do trauma, explicam eles, a ferida pode ser considerada superficial, afetando apenas as estruturas de superfície, ou grave, envolvendo vasos sanguíneos mais “calibrosos”, músculos, nervos, fáscias, tendões, ligamentos ou ossos.
O trabalho desses profissionais começa cedo nos hospitais. Nos ambulatórios de pós-operatório dezenas de pacientes já aguardam pelo procedimento, que pode ser em feridas por lesões de origem vasculares, diabéticas, queimaduras, cirúrgicas e traumáticas. Após esta etapa, a equipe de curativo pega o carrinho – abastecido com álcool, soro fisiológico, pomadas, gaze, algodão, tesouras, pinças, bisturís, luvas e esparadrapo — e segue até as enfermarias.
Esta rotina é feita por enfermeiros e técnicos como Daise Nogueira e Claudia Devezas, no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, que costuma receber pacientes politraumatizados da Região dos Lagos. “O curativo tem a finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação e infecções. Atendemos todos os tipos de ferimentos, dos mais graves aos mais simples. Mas o nosso carinho e atenção ao paciente são o mesmo” garantiu Daise enquanto realizava procedimento na perna do funcionário público.
Enfermeiros e técnicos realizam trabalho especializado em curativos | Foto: Divulgação
Marcelo Batista Correa, de 48 anos, que está internado há quase dois meses no hospital após sofrer acidente de moto em Rio das Ostras, destacou a importância do trabalho da Comissão em seu tratamento. “Elas não são dez. São mil. Atendimento super humanizado”, enfatizou o paciente.
Em Itaboraí, no Hospital Estadual João Batista Cáffaro, a equipe de profissionais se reveza entre as enfermarias e o CTI da unidade. Diariamente, as enfermeiras Raquel Lima, Vanessa Oliveira, Silvania Cardoso, Deise Mara Silva, Vanessa Engelsdorf e Karen Lopes realizam cerca de 50 curativos e procedimentos. Para elas, a Comissão de Curativos agrega humanização ao processo hospitalar. “Realizamos um tratamento diferenciado para cada tipo de lesão e com resultados cada vez mais evidentes pela melhoria da qualidade de vida do paciente”, garantem.
Referência no atendimento a pacientes com múltiplos traumas no Estado do Rio de Janeiro, o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat) realiza diariamente cerca de 120 curativos e procedimentos nos consultórios de pós operatório, nas enfermarias clínicas, isolamentos e nos leitos de CTI adulto e pediátrico. A equipe multiprofissional é formada por membros atuantes, em parceria com cirurgiões, clínicos gerais, nutricionista, farmacêuticos e profissionais especializados da área de enfermagem, como as enfermeiras Neide Veríssimo, Cintia Lessa e Valéria Ferreira e as técnicas Nilza Rodrigues, Elizangela Gomes, Patrícia Gama, Angela Barbosa e Felipe Soares.
Todos também recebem o carinho dos pacientes e de seus acompanhantes. “São amáveis, educados, carinhosos e com mãos abençoadas. “Meu filho teve alta, mas continua fazendo os curativos no hospital. Todo o atendimento foi exemplar e continua sendo aqui na enfermaria de curativo. Somos muito gratos”, garantiu Elisa Cardoso, mãe do Pedro, de 17 anos, operado no Heat vítima de acidente de moto.
Fonte: O São Gonçalo