Uma mulher morreu e três pessoas de uma mesma família desapareceram em desabamentos após a forte chuva no fim da segunda-feira em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Uma das regiões mais atingidas foi o bairro Engenho Pequeno, onde equipes do Corpo de Bombeiros fazem as buscas pelas vítimas. Ruas ficaram alagadas e parte de um terreno onde tinha vegetação foi carregado pela água.
Um dos deslizamentos foi na Rua Antônio Felix da Silva, no bairro. A vítima fatal foi Roseli de Castro, de 52 anos, que estava em casa quando parte de um morro veio abaixo. Ela morreu na hora. As informações são do g1.
Os bombeiros seguem nas buscas pelo casal Alan Santiago Cabral, de 46 anos, e Rosilene Pereira Santiago, de 36, e a filha Maitê Santiago, de 4, que estão desaparecidos desde que um barranco de lama derrubou a casa deles na madrugada desta terça-feira, também no bairro Engenho Pequeno.
A sobrinha de Alan, Eduarda Santiago Raposo, de 26 anos, contou que o barranco veio a baixo por volta das 20h depois que um raio atingiu o terreno que fica atrás das casas. Segundo Eduarda, essa é a primeira vez que algo nessa dimensão acontece no bairro. Nascida e criada em São Gonçalo, ela afirma que os moradores estão acostumados com as fortes chuvas do verão, mas que nunca viu alagamentos na região ou deslizamentos.
— Eu moro aqui desde os meus 5 anos de idade. A gente nunca imaginou que algo assim fosse acontecer. É sem explicação. Estamos muito triste, na esperança que eles sejam encontrados com vida. Estamos aqui acompanhando o trabalho dos bombeiros, torcendo para que eles sejam resgatados — desabafou Eduarda.
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Segundo parentes das vítimas, o Corpo de Bombeiros começou a fazer os resgates por volta de 1h. Eles já estavam no bairro resgatando familiares de uma outra casa que também desabou. Nesta ocorrência, não houve feridos.
— A Rosilene saiu cedo de casa ontem e foi na casa da mãe dela. Depois ela foi buscar a filha na escola. Ela e o meu tio fazem tudo juntos. Não dá para acreditar que algo assim aconteceu com eles. É muita aflição para a família. Estamos muito tristes — lamentou.
Cerca de 30 bombeiros atuam na localidade no resgate às vítimas. Do lado de fora do imóvel, vizinhos e parentes se revezam para tentar ajudar. As ruas cobertas de lama e pedaços de destroços mostram o drama vivido pelas famílias.
— Eu não pude pegar nada da minha casa. Ela foi interditada com tudo dentro. Estou aqui do lado de fora só com a roupa do corpo, com fome e cansada. Passei a noite acordada vendo os bombeiros tentarem resgatar essa família. É uma cena de filme de terror. Eu estou arrasada — desabafou Maria de Fátima da Silva, de 53 anos, moradora que teve a casa, que fica atrás do imóvel da família, interditada após o deslizamento do barranco.
Fonte: Portal G1