Pesquisa Datafolha sobre violência urbana verificou que a população Estado do Rio de Janeiro é a mais desconfiada – 34% –  em relação ao trabalho da polícia para combater os criminosos depois das ocorrências. Entre os moradores de São Paulo e Minas Gerais, o nível de desconfiança relacionado ao trabalho de investigação policial é mais baixo: 25% e 19%, respectivamente. Em razão de tal desconfiança, a população fluminense é a que mais aprova o uso de câmeras nas fardas policiais: 92%. A pesquisa foi realizada, no Estado do Rio, entre os dias 29 de junho e 1º de julho, quando 1.218 pessoas com 16 anos ou mais foram entrevistadas, em 31 cidades. As informações são do jornal O Globo.

Segundo o levantamento, 20% dos residentes no Estado do Rio de Janeiro confiam muito na polícia, e 45% confiam um pouco no trabalho da polícia no pós ocorrências. No indicador prevenção aos crimes: 30% não confiam, 21% confiam muito e 49% confiam um pouco.

No comparativo, entre Rio, São Paulo e Minas, no que diz respeito à mortes violentas intencionais (homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes por intervenção policial) por 100 mil habitantes, o Rio lidera o ranking, com 27,2; seguido por Minas, com 11,4, e São Paulo, com 7,9. Os dados estão no 16° Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Outro dado relevante da pesquisa foi sobre o perfil das pessoas que mais confiam na polícia. Segundo o Datafolha, os homens confiam mais na polícia do que as mulheres. Os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) também são prevalantes entre os que mais confiam nas forças policiais. Os resultados foram semelhantes em RJ, SP e MG.

Quanto ao uso de câmeras nos uniformes policiais, o Rio de Janeiro e Minas Gerais registraram o maior índice de aprovação: 92%, sendo que 7% dos mineiros são contrários à medida, contra 6% dos cariocas e fluminenses. São Paulo, por sua vez, registrou 91% de aprovação e 7% de rejeição. Nos três estados a rejeição às câmeras foi mais acentuada entre os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a avaliação, 77% dos entrevistados acreditam que o uso da tecnologia pode contribuir para a diminuição da violência por parte dos agentes públicos.

No Rio de Janeiro, atualmente, 14 batalhões, sendo 10 na capital; e a 1ª Companhia do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, estão fazendo uso do equipamento, totalizando 2.800 microcâmeras diante de 8 mil disponibilizadas para a PM. No Rio de Janeiro e, em Minas Gerais, a margem de erro no levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. Em São Paulo a margem de erro é de dois pontos.