RIO — O Rio de Janeiro continua lindo e vai ficar ainda mais gostoso durante o Comida di Buteco, que acontece entre os dias 8 de abril e 8 de maio. E na edição que marca o debut do concurso por aqui, muitos dos bares decidiram homenagear lugares ou instituições consagradas do Rio na apresentação de seus petiscos. Com um número recorde de bares, são 105, sendo 33 estreantes, há muito o que desbravar na capital, Niterói e na Baixada Fluminense e descobrir o jeitinho carioca de botecar.
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Um dos petiscos mais criativos petiscos vem da Baixada. Juntando a criatividade com a vontade de comer, o Pasta da Nonna, em Caxias, simula uma obra em andamento comestível no “Virando a laje”. O pedido chega à mesa em carrinhos de mão que transportam bolinhos de arroz arbóreo feitos no caldo de mocotó e recheados com carne seca desfiada, bacon, linguiça calabresa e costelinha de porco. Nos baldes, rapadura apimentada e vinagrete de azeitona.
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Já o Buteco do Portuga não fez apenas uma, mas várias referências ao município de Nova Iguaçu no petisco “Próxima parada: Estação Maxambomba Vulcão Adormecido”. O trem, principal ligação da região com o Centro do Rio, carrega rodelas de laranja. Grande produtor da fruta, região já chegou a ser conhecida como “Cidade Perfume” pelo aroma agradável vindo das plantações. Mas não para por aí. Serra do Vulcão, 885 metros acima do nível do mar, abriga uma rampa de asa delta, o que explica os planadores que decoram o petisco, uma batata recheada com creme de camarão.
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Pegando a barca, o Zeca´s Paquetá invstiu na “Me leva pra Paquetá”. Uma embarcação personalizada para fazer a travessia cozinha-salão do bolinho de batata-doce empanado na Panko com topo de joelho de porco com cebola caramelizada e molho de cerveja agridoce.
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Os bobes de cabelo da mãe mais famosa e carismática de Niterói, quem diria, vieram parar na mesa do bar. Em homenagem ao personagem mais emblemático do humorista Paulo Gustavo, morto em maio do ano passado, o Cine Botequim reproduziu o penteado para o concurso com o “Meu petisco é uma peça”, com bobes feitos de massa de carne recheado com purê de batata, presunto e queijos.
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Quase gabaritando os pontos turísticos do Rio, o “Demorei, mas cheguei defumado”, do Bar do Tino, em Santa Teresa, traz os Arcos da Lapa, Pão de Açúcar e o Corcovado para a mesa do botequim. O bar fez uma pequena instalação em madeira com os pontos turísticos para servir as panquecas coloridas, tradicionais e de espinafre, com recheio de costela suína preparada no bafo, defumada com bacon e mozzarella e molho de tomate com parmesão.
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Tradicional botequim espanhol na Tijuca e famoso por suas empadas, o Salete optou por um risotinho de calabresa, bacon e queijo parmesão. Mas o petisco “Aí, garoto, aqui o risoto é do Manolo, sem frescura!” é uma receita do fundador do botequim, com arroz branco mesmo, nada de arbóreo. O charme fica por conta do azulejo azul e branco onde é servido o potinho, um clássico dos botequins da cidade.
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Cada vez mais raras nos bares, as estufas de petiscos são as grandes homenageadas pelo Boteco Bendito Jamón, em Vista Alegre, no “Vitrine de boteco”. São quatro miniporções de clássicos da boemia expostas: torresmo, pernil, batata calabresa e bolovo recheado.
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Os espetinhos que brotam de ponta a ponta da cidade, às vezes de procedência duvidosa, também ganharam sua versão, só que com um toque especial. O Quintal do Peter Espetaria, em Nova Iguaçu, reproduziu uma churrasqueira de tijolinhos para montar o “Espetinho do boi”, com três espetinhos de cupim passado com acompanhamentos de berinjela à campanha e farofa da casa.
Para visitar cada um dos 105 bares tem que ter fôlego, fígado e dinheiro. Para concluir a maratona a tempo, é preciso fazer mais de três botequins por dia. Com petiscos ao preço fixo de R $27, para completar o circuito é preciso desembolsar R $2.835. Isso de bico seco e sem transporte.
Fonte: G1