Coletivo de mulheres de São Gonçalo recicla banners e aceita doações


O Coletivo Mulheres do Salgueiro, comunidade marcada pela violência em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, está gerando renda e ajudando o meio ambiente usando banners de propagandas para a fabricação de bolsas e estojos escolares, entre outros objetos. O grupo, inclusive, está fazendo uma ação para aumentar o número de doações das lonas publicitárias que, lá, encontram um destino muito melhor do que o aterro sanitário.

Estojos são um dos produtos de destaque do Coletivo
Estojos são um dos produtos de destaque do Coletivo Foto: Divulgação

— Como as doações murcharam desde o início da pandemia, decidimos fazer a campanha em nossas redes sociais para arrecadar os banners usados. Precisamos renovar nosso estoque da matéria-prima para futuras encomendas — explicou uma das fundadoras e coordenadoras do coletivo, a pedagoga Janete Nazareth Guilherme.

Quem quiser doar o material pode entrar em contato pelo e-mail [email protected] para combinar a entrega.

Ecobag feita pelas mulheres do Salgueiro
Ecobag feita pelas mulheres do Salgueiro Foto: Divulgação

História

O Coletivo Mulheres do Salgueiro iniciou suas atividades em 2002, com a realização de cursos e oficinas de tingimento de roupas e moda em geral para impulsionar a capacidade produtiva das moradoras da comunidade. A partir de uma parceria com o Instituto Gênesis, da PUC-RJ, as Mulheres do Salgueiro tiveram noções de empreendedorismo e economia solidária e, depois, com o financiamento através de um edital público, elas se capacitaram para transformar a pele de tilápia em couro tingido, atividade que deu destaque ao grupo.

Em 2006, em outra parceria com uma ONG alemã, elas adquiriram a sede onde ampliaram e realizam suas atividades até hoje, com produção e venda de acessórios femininos (bolsas, cintos, carteiras, braceletes e brincos) confeccionados com o couro de tilápia, além de outros itens e brindes promocionais com banners, uniformes e jeans usados.

O coletivo é formado atualmente por 17 mulheres entre 27 e 50 anos, de diversas profissões (costureira, professora, secretária e outras), moradoras da comunidade do Salgueiro.





Fonte: G1