Cafeteria em Botafogo aposta em interação com gatinhos para atrair a clientela

Nos fins de semana, uma pequena fila tem sido vista na calçada em frente ao número 26 da Rua das Palmeiras, em Botafogo. É formada por clientes que esperam a vez para entrar no Gato Café (gatocafeoficial), que abriu as portas há quase dois meses e que tem os amantes dos felinos como público-alvo. Inspirada nos “cat cafés” surgidos principalmente no Japão, a arquiteta Giovanna Molinaro resolveu abrir por aqui um lugar que proporciona um contato com os bichanos que habitam o espaço e que podem ser levados para casa mediante um compromisso de adoção responsável.

Para passar um tempo na área dos gatos, é preciso respeitar algumas regras básicas, como não pegar os bichinhos no colo. Lá, a vontade do gato é a que conta. A permanência na área reservada exclusivamente a eles é cobrada à parte. São R$ 10 por 15 minutos, mas os valores diminuem progressivamente.

— Se a pessoa estiver sentada e um gatinho for para o seu colo, tudo bem. Fizemos uma gatificação, para garantir que os animais vivam bem. Como há refúgios que ficam no alto, eles só têm contato com os humanos no momento em que querem. Além disso, a pessoa pode ter a experiência com um gato antes de adotá-lo porque é possível ver se há conexão. Dessa forma, a adoção não é só pela aparência. Às vezes, a pessoa pretende adotar um, mas acaba saindo com outro — explica Giovanna, acrescentando que não é permitido levar gatinhos visitantes para lá. — Nossos gatos são 100% saudáveis. Passam por uma quarentena e chegam em grupos. Entram de três a cinco por vez. Hoje, estamos com sete, mas já tivemos 13.

Desde a inauguração, em julho, 11 bichinhos já foram adotados. Eles são levados para lá pela @bigodesdobunker. Giovanna conta que tem recebido clientes de fora do Rio, incluindo muitas crianças. — Já veio gente de Cabo Frio e de Campos especialmente para conhecer o nosso café. Além disso, tem crianças que pedem aos pais para passar o aniversário aqui. As pessoas saem falando que é uma terapia — conta.

Além da interação com os animais, é possível provar sanduíches, bolos, waffles, doces e salgados. O cardápio é extenso e caprichado, mas o sucesso maior fica por conta das xícaras de capuccino que têm a silhueta de um gato na superfície da bebida. Por toda a parte, há objetos que remetem aos felinos. Os tons de rosa vão da fachada aos uniformes, passando pelos detalhes.

Sobre o sucesso do negócio, a arquiteta diz que, apesar da pandemia e das regras sanitárias, o retorno tem sido surpreendente. — Superou as expectativa, porque o retorno tem sido bem melhor do que o que havíamos projetado no plano de negócios. Logo no início, ficamos com medo, principalmente por conta da situação da pandemia — afirma a proprietária do Gato Café, que já planeja abrir outras unidades.

©Plantão dos Lagos
Fonte: Jornal O Globo
Fotos: divulgação