Após recorde de calor no ano na última sexta-feira, muitas pessoas foram ao Saara neste sábado (3) para comprar, entre outras coisas, itens de verão. Mesmo sendo obrigatório, o uso de máscara não foi generalizado.
O gerente da loja Requinte Magazine, Sérgio Luiz Barbosa, de 55 anos, conta que a venda de piscinas de plástico já superou a quantidade vendida no mesmo período no ano passado. Há diversas opções de tamanho e modelo. A de 3000 litros, por exemplo, com espaço para adultos, pode ser encontrada por R$449.
— Apesar das vendas de itens para casa não terem voltado ao mesmo nível de antes da pandemia, acho que porque as pessoas estão com receio de sair de casa, a venda de piscinas cresceu muito! Na minha opinião, é porque ficar na praia ainda está proibido. Então, as pessoas buscam uma solução para se refrescarem — disse o gerente.
A auxiliar de operações Luane Oliveira, de 26 anos, comprou uma piscininha para o filho de três meses:
— Pesquisei na internet, mas estava mais caro. Uma piscina de 15 litros estava saindo por R$30 e, aqui, comprei uma muito maior, de 90 litros, por R$34.
Na loja Bazar Myq, a venda de boias de plástico também aumentou na última semana. Mesmo assim, o gerente Thiago Felipe, de 34 anos, diz que ainda não é suficiente para compensar as perdas:
— Antes, a gente vendia R$5 mil por dia. Agora, o máximo é R$ 2 mil.
A vendedora da Brasil Roupas, Brenda Barros, de 21 anos, conta que a busca por biquínis cresceu, assim como a de roupas para trabalho:
— Como muitas empresas estão voltando a funcionar presencialmente, e as pessoas não estão mais em home-office, muitas vêm comprar roupas novas!
O calor ainda impulsionou a busca por ar-condicionados e ventiladores. Na loja Tele-Rio do Centro, as vendas aumentaram 80% nessa semana em relação à anterior.
— As pessoas estão levando na hora! O que mais tem saído é o ventilador de mesa e o ar-condicionado de 7.500BTUs — contou a gerente Paula Gomes, de 39 anos.
Calor faz máscaras desaparecem dos rostos
As altas temperaturas foram a desculpa usada por muitos consumidores para não vestir a máscara. A vendedora de uma loja de cama, mesa e banho, alegou que o item a fazia “suar muito”.
Um cliente, que não quis se identificar, reclamou que, mesmo pedindo para que atendentes usassem o equipamento de proteção, eles teriam se recusado.
Lotado, o cruzamento das ruas Alfândega e Rejeite Feijó não fazia intimidar quem não tinha afinidade com o objeto. Muitos transitavam sem usar o item mesmo em meio à multidão.
Acompanhada da filha, a auxiliar de vendas Renata Porto, de 42 anos, afirmou que não estava temerosa em fazer compras no local.
— Estamos usando máscara, então fico mais tranquila. Estávamos precisando comprar bijuterias, então resolvemos vir ao Centro… fiquei assustada com a quantidade de lojas que estão fechadas! — comentou.
Fonte: G1