Nem a presença maciça do presidente Jair Bolsonaro, nem o respirador levantado aos céus. Na primeira pesquisa Ibope sobre a intenção de voto para a Prefeitura do Rio depois do início da propaganda eleitoral, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) manteve os mesmos 12% que tinha no dia 2.
E ainda viu a diferença aumentar para o primeiro colocado. Eduardo Paes (DEM) explorou a alta rejeição do adversário e aproveitou os primeiros dias de campanha na TV para elogiar seus tempos no Palácio da Cidade. Passou um verniz de modéstia na estratégia, com o bordão “não era tudo perfeito no nosso governo, mas…”. Foi de 27% para 30% a um mês do primeiro turno.
Se Paes e Crivella temiam a arrancada do segundo pelotão, ao menos neste quesito respiraram aliviados — e juntinhos — com o resultado.
Martha Rocha (PDT) ainda não mostrou que é boa de briga como no único debate de TV do primeiro turno. No programa eleitoral morno, suave como o toque dos sinos da Igreja da Penha, a impetuosidade sumiu. A pedetista não conseguiu tirar proveito do não crescimento de Crivella, porque também empacou nos 8%.
Benedita da Silva (PT), que está tecnicamente empatada com Martha, foi outra que não cresceu — nem perdeu. A larga experiência de todos os cargos que ocupou também faz dela uma das mais conhecidas candidatas. Está difícil para a ex-governadora, ex-ministra, ex-senadora, quase eterna deputada surpreender e comover o eleitor. Continua com os mesmo 7%.
Com exceção de Luiz Lima (PSL), que subiu dois pontos percentuais (de 1% para 3%), o terceiro pelotão foi uma gangorra de um ponto. Do lado dos que subiram, Bandeira de Mello (Rede), Renata Souza (PSOL), Fred Luz (Novo) e Paulo Messina (MDB). No canto oposto, Cyro Garcia (PSTU) e Clarissa Garotinho (PROS).
Pelo visto, candidata do PSC ainda vai ter que perguntar (e responder) muitas vezes “Quem é Glória?”. No primeiro levantamento, a ex-juíza não pontuou. Treze dias depois, continuou no zero.
Fonte: G1