“O Cachorrão é o cérebro dessa organização criminosa, e o Rogério, o braço armado. Ele era o articulador do evento que ocorreu na Rocinha. O Rogério, na verdade, apesar de ser apontado como líder, dividia as funções. Cachorrão tinha visão mais estratégica de contabilidade e parte financeira, com aquisição de armas, drogas e munições para a favela”, explicou o delegado Felipe Curi, titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) da Polícia Civil.
Ainda segundo Curi, Rogério 157 tinha uma função mais operacional na quadrilha, sendo o responsável pelos braços armados na favela, enquanto Cachorrão foi o responsável pela articulação que levou seu bando a migrar para a facção criminosa Comando Vermelho.
Cachorrão foi preso pela polícia na manhã desta sexta-feira (10). — Foto: Reprodução/ TV Globo
Segundo outro delegado que participou da prisão do criminoso, William Pena Júnior, Cachorrão pegou a filha no colo antes de se render aos agentes que o encontraram numa casa no Morro do Fogueteiro, em Santa Teresa.
“Ele [Cachorrão] estava deitado, pegou a filha no colo e se rendeu. Estávamos com apoio aéreo, identificamos e reconhecemos o prédio. Sabíamos que ele bebia muito uísque, pela investigação da inteligência, e já no corredor encontramos muitas garrafas da bebida”, contou Pena Júnior.
A ação desta sexta-feira foi a quarta realizada para a captura do criminoso, e contou com policiais de seis delegacias, além de apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Serviço Aeropolicial (Saer).