Agentes da 17ª DP (São Cristóvão), em colaboração com a Light, realizaram uma operação que resultou na prisão de oito comerciantes, nessa quarta-feira, 25 de setembro. A ação foi desencadeada a partir de informações do setor de inteligência da Polícia Civil, que indicavam práticas ilegais de desvio de energia elétrica na Rua Visconde de Niterói, nas proximidades da Comunidade da Mangueira.
Após a confirmação do furto de energia pelos técnicos da Light, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) atestaram as fraudes. Com a identificação dos responsáveis pelas ligações clandestinas, os ramais ilegais foram imediatamente desconectados pela concessionária e pela Polícia Civil.
No mesmo dia, a Light detectou uma prática de furto de energia em um restaurante localizado na Rua Buenos Aires, no Centro do Rio de Janeiro. Essa ocorrência também foi confirmada pelo ICCE e contou com o apoio da Polícia Militar e da 5ª DP (Mem de Sá). A fraude, que vinha sendo praticada desde agosto, resultou na omissão de cerca de 9 MWh por mês, equivalente a aproximadamente R$ 11 mil em contas de energia, segundo estimativas da concessionária.
Essas operações destacam o compromisso da Light, em parceira com as autoridades, para combater o furto de energia e proteger a integridade do sistema elétrico da região.
Prejuízo para todos
Nos primeiros oito meses de 2024, a Light regularizou 2.409 ligações clandestinas e normalizou aproximadamente 121.520 instalações irregulares em residências e comércios de seus clientes. No total, foram recuperados 97 GWh de energia, quantidade suficiente para abastecer o consumo de 40 mil residências durante um ano. Apesar desses esforços, a empresa ainda enfrenta um prejuízo anual de cerca de R$ 800 milhões devido ao furto de energia.
Para se ter uma ideia do desafio, a cada 100 clientes regulares, 34 furtam energia. Ao longo de 2023, a concessionária inspecionou mais de 610 mil locais para combater os “gatos”.
O furto de energia é tipificado como crime pelo artigo 155 do Código Penal, podendo resultar em pena de até oito anos de prisão. Além de ilegal, as ligações clandestinas representam um perigo potencial, podendo causar falta de energia, acidentes e incêndios.