Tatu-galinha é morto com vários tiros em mata do RJ; ‘isso é um absurdo’ | Norte Fluminense


Um tatu-galinha foi morto a tiros no Morro do Itaoca, uma área de proteção ambiental em Campos, no Norte Fluminense. O animal foi encontrado por frequentadores do local na manhã do último domingo (31). No casco, é possível ver, ao menos, cinco perfurações causadas pelos disparos.

De acordo com um dos frequentadores, o tatu ainda foi visto tentando se locomover, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo em seguida.

Nenhum suspeito foi identificado.

Tatu é morto a tiros em Campos, no RJ — Foto: Fernando Fantinatti

O treinador físico Fernando Fantinatti registrou o estado em que o animal ficou e se disse indignado com a situação.

“Já frequento o Morro do Itaoca há mais de 18 anos, vi isso aqui se transformar totalmente. E hoje eu fiquei muito triste. Nunca tinha visto uma ignorância, um absurdo tão grande. Adoro a natureza, é o meu local, meu habitat, onde eu renovo as minhas energias. Os animais não têm nada a ver com essa ignorância do ser humano. Isso é um absurdo”, disse Fernando.

Fernando afirmou, ainda, que entrou em contato com a Vigilância Sanitária e a secretaria de Meio Ambiente do município pedindo para que o caso seja investigado e para que a segurança seja reforçada no local.

O G1 entrou em contato com a Prefeitura para saber quais medidas estão sendo tomadas sobre o caso e aguarda retorno.

Conhecido também por tatu-de-folha, tatuetê, tatu-veado e tatu-verdadeiro, o tatu-galinha é considerado herbívoro, mas também se alimenta de pequenos insetos, carniça e ovos. Embora tenha olfato apurado, dois de seus maiores problemas são não enxergar e não ouvir bem. Assim, torna-se presa fácil.

“O tatu é um animal que tem seu papel importante no ecossistema natural, controlando pragas e insetos e perfura o solo, oxigenando, trazendo mais aeração pro solo. É um animal da fauna nativa, protegido por lei, e quem pratica caça ilegal, de qualquer animal, está sujeito às sanções cabíveis de crime ambiental contra a fauna”, explica o biólogo Eduardo Pimenta.

A pena para crime ambiental é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

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Fonte: G1