Quase 130 mil pessoas vivem em extrema pobreza em Campos, segundo levantamento da Prefeitura | Norte Fluminense


A Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, divulgou um levantamento alarmante: 47.600 famílias da cidade vivem em extrema pobreza na cidade. Cada pessoa dessas famílias, de acordo com a Firjan, vive com até R$ 89 por mês.

Isso representa cerca de 130 mil pessoas, ou 25,2% da população campista. A cada quatro pessoas, uma vive em extrema pobreza.

O número mostra um aumento de 6% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando 44.905 famílias constavam na base do Cadastro Único na maior cidade do interior. Campos, inclusive, é a sexta cidade do interior com o pior índice.

Essas famílias são atendidas pelos 13 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) de Campos, que distribui cestas básicas de acordo com as condições de cada família.

Procura por cestas básicas aumentou 63% em um ano

No ano passado, outro número que cresceu foi o de pessoas buscando cestas básicas. De acordo com a Prefeitura de Campos, o aumento foi de 63% nos últimos 12 meses. Em 2021, já foram distribuídas 3.203 cestas pela Secretaria de Desenvolvimento e outras 8.282 estão passando pelo processo de aquisição.

Mas a ajuda não vem apenas do poder público. A campanha Vacinação Solidária, que teve início no dia 5 de abril nos pontos de imunização de Campos, arrecadou 9.400 kg de alimentos em apenas 20 dias de arrecadação.

Neste sábado (24), 60 cestas foram distribuídas para famílias em situação de vulnerabilidade social na Comunidade da Chatuba.

Cestas básicas foram distribuídas para famílias em vulnerabilidade social em Campos — Foto: João Vitor Brum/Inter TV

A ação foi organizada pela Ong Wild Flowers em parceria com o Movimento Igual. Os voluntários foram até a comunidade pela manhã e fizeram a entrega para famílias cadastradas na associação de moradores.

“A solidariedade, hoje, é uma questão de sobrevivência para essas famílias. Não é só o alimento, mas sim a dignidade dessas pessoas, que muitas vezes não têm o que comer. Sem uma rede de apoio, sem pessoas dispostas a ajudar, eles vão continuar passando necessidade”, disse o presidente da Wild Flowers, Thiago Rodrigues.



Fonte: G1