Justiça condena 19 envolvidos em esquema de fraudes que geraram prejuízo de R$ 20 milhões ao INSS em Campos, no RJ | Norte Fluminense


A Justiça Federal condenou 19 das 21 pessoas acusadas de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O caso ganhou repercussão em 2017, durante a Operação Cardiopatas, da Polícia Federal e Ministério Público Federal, que revelou um grupo que falsificava atestados médicos para receber o auxílio-doença.

O prejuízo aos cofres públicos chegou a R$ 20 milhões, segundo o MPF.

Apesar das condenações, todos os acusados vão responder em liberdade e ainda podem recorrer na segunda instância.

De acordo com a Justiça, os outros dois réus envolvidos no caso não foram condenados porque um deles, doutor Admardo Henriques Tavares, faleceu no curso da ação e o outro fez acordo de delação premiada com MPF e teve o caso desmembrado dos demais.

De acordo com o MPF, a quadrilha era composta essencialmente por médicos e servidores federais.

As penas para os envolvidos variam de 2 a 56 anos e juntas somam mais de 260 anos de prisão.

A maior delas (56 anos), inclusive, foi a do médico Jairo Perissé, que teria fraudado atestados médicos, entre outros crimes.

O G1 tenta contato com a defesa do doutor Jairo e outros envolvidos.

A operação ganhou o nome de Cardiopatas, porque as investigações começaram depois que vários beneficiários de Campos apresentaram o mesmo problema cardíaco para conseguir o auxílio-doença. De acordo com as investigações, as pessoas eram aliciadas e encaminhadas aos médicos que atestavam falsamente doenças do coração.

A operação envolveu cerca de 120 policiais em Campos, São João da Barra, Italva e Casimiro de Abreu.

De acordo com o advogado de um dos acusados, os prazos para os recursos da defesa dos réus teve início nesta semana e a expectativa é que os recursos sejam julgados em 2ª instância entre o primeiro e segundo semestre do ano que vem.



Fonte: G1