Festival de Chorinho e Sanfona de Rosal, em Bom Jesus do Itabapoana, celebra 10ª edição a partir desta quinta | Norte Fluminense


O Festival de Chorinho e Sanfona de Rosal, em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, chega este ano à 10ª edição. Adaptado ao contexto da pandemia de Covid-19, a programação do festival reconhecido como um dos mais importantes do gênero no país, será toda online.

O evento é promovido pela Firjan Sesi e começa na quinta-feira (10), com a exibição do documentário “Rosal – 10 Anos de Música e Afetos”. De sexta (11) a domingo (13), serão exibidas as apresentações inéditas dos músicos Marcelo Caldi, Silvério Pontes e Dudu Oliveira, gravadas em Rosal, especialmente para a edição deste ano do festival. A transmissão começa sempre às 19h30, pelo canal oficial da Firjan na internet.

“O Festival de Chorinho e Sanfona de Rosal conquistou seu lugar entre os mais importantes eventos de música instrumental do interior do estado do Rio de Janeiro. Uma tradição que já dura mais de dez anos e que traz em sua programação o melhor da música instrumental do nosso país. Sempre me chama atenção a importância de um evento cultural como este para uma cidade”, pontua acordeonista, pianista, compositor, arranjador e cantor, Marcelo Caldi, que está na programação de sexta-feira (11).

“Este é o 10º ano, uma data para ser muito comemorada, considerando a importância do Festival para o território e para a música instrumental brasileira”, explica a especialista de Cultura da Firjan Sesi, Olga Acosta.

O destino dos apaixonados por música instrumental

Distrito de Bom Jesus do Itabapoana, Rosal é destino certo de músicos e do público interessados na música instrumental brasileira. Ao longo dos anos, já se apresentaram no festival realizado na cidade nomes como Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Nicolas Krassik, Henrique Cazes, Leo Gandelman, Renato Borghetti, além de Silvério Pontes e Marcelo Caldi, que estão na edição virtual deste ano.

Festival terão apresentações inéditas dos músicos Marcelo Caldi, Silvério Pontes e Dudu Oliveira. — Foto: Othon Ribeiro

“O maior destaque em 2020 é o formato. Impossível realizar algo semelhante aos festivais anteriores em tempos de isolamento. Então, optamos por um formato intimista em que o público se sinta em Rosal e possa conhecer um pouco mais dessa música tão potente que levamos todos os anos para os palcos do Festival. Neste formato, os músicos convidados irão surpreender o público com muitas histórias e um repertório maravilhoso de choro e da sanfona”, conta Olga Acosta.

Confira a programação completa da 10ª edição do festival:

  • 10/12 – “Rosal – 10 anos de Música e Afetos”: exibição do minidocumentário sobre a história do Festival de Chorinho e Sanfona
  • 11/12 – Marcelo Caldi – apresentação do músico, que faz parte do grupo Libertango e é maestro da Orquestra Sanfônica Brasileira, da qual é fundador.
  • 12/12 – Silvério Pontes – compositor e instrumentista consagrado, com mais de 40 anos de carreira, o trompetista, que tem longa parceria com Zé da Velha, conta que se apresentou pela primeira vez na vida em Rosal, que fica perto do município onde nasceu, Laje do Muriaé.
  • Dia 13/12 – Dudu Oliveira – multi-instrumentista, atua no cenário instrumental, principalmente como flautista e saxofonista, faz parte da banda do programa Lady Night, de Tatá Werneck e já tocou com diversos artistas

O Festival de Chorinho e Sanfona de Rosal nasceu em 2011 com o objetivo de atender a um desejo da comunidade, que pedia por um evento que resgatasse as tradições musicais da região.

Até 2013, o projeto foi realizado com recursos da Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana e o apoio de empresas locais. Percebendo a força do festival e a necessidade de sua ampliação, a Firjan Sesi assumiu em 2014 a realização do evento, tendo como parceiro o município.

“O projeto vai além de um festival de música, produzindo também efeitos sociais e econômicos, confirmando a transversalidade da cultura e sua importância como desencadeador para o desenvolvimento. Demostra também a importância da colaboração e arranjo de pessoas e instituições na identificação das potencialidades e vocações culturais. O Festival de Chorinho e Sanfona qualificou Rosal como um território criativo”, afirma Olga Acosta.

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Fonte: G1