O tenista monegasco Valentin Vacherot, número 204 do mundo, foi campeão do Masters 1000 de Xangai neste domingo (12), ao derrotar na final o francês Arthur Rinderknech, que é seu primo.
Vacherot fechou o jogo em 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/3 e 6/3, em duas horas e 14 minutos.
Com o título, o primeiro monegasco a ser campeão no circuito masculino aparecerá na 40ª posição no próximo ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), que será publicado na segunda-feira (13).
“É uma loucura, nem posso acreditar. Teria sido melhor ter dois ganhadores, mas toda a família ganhou hoje”, disse Vacherot, cuja mãe é irmã da mãe de Rinderknech. “O que escrevemos nesta semana é realmente incrível, ninguém vai tirar isso da gente”, acrescentou o jogador de 26 anos.
“Dois primos são mais fortes do que um”, respondeu Rinderknech, que de tão emocionado na entrega do troféu se ajoelhou e quase desmaiou. “Você merece muito. Bravo, dei tudo de mim, não poderia ter feito mais”, disse o francês de 30 anos.
Antes da vitória de Vacherot, o jogador com pior ranking a vencer um Masters 1000, os torneios mais importantes depois dos quatro Grand Slams, era o croata Borna Coric, campeão em Cincinnati em 2022 como número 152 do mundo.
Desde o “qualifying” (o torneio qualificatório antes do torneio propriamente dito), Vacherot emendou nove vitórias consecutivas em Xangai. Em uma delas, nas semifinais, derrubou o lendário sérvio Novak Djokovic.
Rinderknech também conseguiu a melhor campanha de sua careira em um Masters 1000, o que o fará subir para a 28ª posição no ranking da ATP, tornando-se o segundo melhor francês do circuito, atrás de Ugo Humbert.
‘Momento maravilhoso’
Com muito calor e uma umidade menos sufocante do que nos dias anteriores (29°C no início da partida), Rinderknech começou de maneira melhor, quebrando o serviço de Vacherot no terceiro game, vantagem que manteve até o final do primeiro set.
O monegasco respondeu na segunda parcial, conseguindo uma quebra para fazer 4/3 e não olhou mais para trás. No terceiro e último set, voltou a superar a resistência feroz do primeiro, que salvou dez “break points”.
“Este momento foi maravilhoso”, disse Rinderknech, apesar de não ter conseguido se juntar a Guy Forget, Cédric Pioline, Sébastien Grosjean e Jo-Wilfried Tsonga na lista de franceses campeões de Masters 1000.
O último Masters 1000 da temporada será disputado no final de outubro, em Paris.
Folha de S.Paulo