Tite vê gravidade no caso de Cabloco e responde críticas de bolsonaristas; assista


O comandante da Canarinho também reafirmou que o posicionamento da comissão técnica e dos jogadores sobre a realização da Copa América no Brasil será dado após a partida diante do Paraguai

Lucas Figueiredo/CBF/DivulgaçãoTite, treinador da seleção brasileira, durante entrevista coletiva antes de jogo das Eliminatórias

O treinador Tite concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 7, véspera do confronto da seleção brasileira diante do Paraguai, em Assunção, válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Como já era esperado, o comandante da Canarinho precisou responder questões delicadas, como as acusações de assédio moral e sexual contra Rogério Caboclo, que foi afastado do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelo Comitê de Ética da entidade. Quando ao tema, apesar de reconhecer a gravidade da situação, o técnico preferiu se esquivar. “Eu compreendo a pergunta. Sabemos a dimensão que tem, a gravidade do caso, temos consciência disso. Agora existe um Comitê de Ética da CBF que toma as devidas providências. Não é da nossa alçada”, disse o treinador.

Tite também foi perguntado sobre as críticas que vem sofrendo nas redes sociais de apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, após não defender a realização da Copa América no Brasil. “Vou falar sobre o meu juízo e o que a minha escala de valores dizem. Tenho muito respeito ao meu trabalho, à seleção brasileira, a esse momento da Copa do Mundo e de Eliminatórias. E a melhor maneira de retribuir o carinho das pessoas que me apoiam e ao respeito do que estão contra, é fazer o meu melhor trabalho possível. É nisso que vou me ater”, disser o “professor”, que não se esquivou ao  ser questionado se o treinador da seleção deveria estar alinhado ao presidente da República. “Técnico de futebol tem de estar alinhado com o futebol”, argumentou.

Tite reafirmou que o posicionamento da comissão técnica e dos jogadores será dado após a partida diante do Paraguai. “O tempo das manifestações é o nosso tempo, o que nós entendemos ser correto, quando falo nós, é comissão técnica e atletas. Temos orgulho muito grande da conduta que temos, do respeito que temos a esse momento e ao nosso. Queremos jogar bola e fazer um grande jogo contra o Paraguai”, disse o treinador. “Estamos na Copa do Mundo. Eliminatórias já é um processo de Copa do Mundo, muitas vezes as pessoas não se dão conta disso. Para nós, nesse momento, isso (afastamento do presidente da CBF) não tem essa prioridade. Depois sim, reitero o que o Casemiro disse, há respeito e no nosso tempo vamos nos manifestar”, completou.

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Fonte: Jovem Pan