O Independiente de Avellaneda anunciou neste domingo (24) que expulsará “de maneira imediata” os sócios envolvidos na feroz briga durante uma partida da Copa Sul-Americana na quarta-feira (20) no sul de Buenos Aires, que deixou mais de cem pessoas detidas e 19 feridas, duas delas graves.
O clube argentino informou que “25 dos delinquentes” que supostamente participaram dos violentos confrontos em seu estádio, o Libertadores de América, já foram identificados pelas autoridades, que “avançam nas operações para deter os responsáveis”.
“No Independiente, colaboraremos em tudo o que for necessário para que cada um deles receba a sanção adequada”, afirmou o clube em comunicado.
“Além disso, serão expulsos imediatamente como sócios e solicitaremos a aplicação do seu direito de admissão vitalícia, para que nunca mais pisem em um campo de futebol”, acrescentou.
Torcedores do Independiente e da Universidad de Chile se atacaram com facas, paus e granadas de efeito moral dentro do estádio, em um dos piores atos violentos dos últimos anos no futebol da América Latina.
O impactante confronto ocorreu durante a partida de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O jogo foi cancelado e a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) estuda eventuais sanções para ambos os clubes, que inclusive poderiam ser desclassificados do torneio.
As autoridades argentinas libertaram na sexta-feira (22) 104 torcedores chilenos que foram presos após as brigas. Duas pessoas continuavam hospitalizadas na sexta-feira.
A segurança do encontro estava a cargo do Independiente, segundo a Conmebol, e tem sido questionada por diversas vozes, incluindo a do presidente do Chile, Gabriel Boric, que denunciou um “linchamento inaceitável de chilenos”.
Folha de S.Paulo