São Paulo acumula apostas ruins em medalhões; relembre


São Paulo acumula apostas ruins em medalhões
Divulgação / São Paulo

São Paulo acumula apostas ruins em medalhões

Após um início promissor no Paulistão, Lucas e Oscar, principais referências técnicas do elenco do São Paulo, não vem conseguindo ajudar o clube do Morumbi nesta temporada.

Experiente, a dupla sofre com constantes problemas físicos em 2025. Por lesões na coxa esquerda e na lombar,  Oscar desfalcou o Tricolor Paulista na maior parte do ano.

Em campo, o meio-campista teve um início interessante, sendo inclusive  incluído na pré-lista de Dorival Júnior para alguns compromissos da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, mas não conseguiu repetir o nível desde então.

Já Lucas chegou ao São Paulo em 2023, na reta final da Copa do Brasil, sendo crucial para o título inédito do Soberano, com grandes atuações contra  Corinthians, no jogo de volta da semifinal, e  Flamengo, em ambas as partidas da decisão.

Apesar disso, o ídolo tricolor não manteve as boas performances, e, assim como Oscar, sofre com lesões na atual temporada. O meia machucou o joelho direito contra o Palmeiras, na semi do Paulistão, em março, agravou a situação ao tentar voltar em maio, e está retornando aos gramados de forma definitiva apenas agora.

Os astros não são os únicos veteranos que deixaram a desejar como as principais apostas da diretoria são-paulina. Veja abaixo outros três casos de “medalhões” que decepcionaram no Tricolor:

Daniel Alves

Daniel Alves em ação pelo São Paulo, contra o Fortaleza, nas quartas de final da Copa do Brasil de 2021
Rubens Chiri / São Paulo

Daniel Alves em ação pelo São Paulo, contra o Fortaleza, nas quartas de final da Copa do Brasil de 2021

Daniel Alves foi anunciado pelo São Paulo em agosto de 2019. O atleta, que marcou época no Barcelona, veio ao clube visando disputar a Copa do Mundo do Catar, em 2022.

Em campo, o jogador, que é considerado um dos melhores laterais de todos os tempos, atuou majoritariamente como um meio-campista, setor em que não foi mal, mas passou longe de ser o craque esperado pela torcida.

No entanto, o que tornou a passagem de Daniel Alves no Tricolor Paulista um fracasso foram as diversas polêmicas fora das quatro linhas. A primeira delas aconteceu em setembro de 2021. Se recuperando de uma fratura no antebraço direito, o jogador foi flagrado, em vídeo, tocando um tantã com o braço lesionado, em viagem ao Equador para a disputa de um jogo contra a LDU, pela Libertadores.

O principal desgaste entre o veterano e o São Paulo se deu pela dívida entre as partes. O atleta assinou um contrato com um salário de R$ 1,5 milhão por mês. No início de sua passagem, o clube conseguia arcar normalmente com os vencimentos, mas, com a pandemia de Covid-19, a situação se complicou.

Com a paralisação do futebol, a diretoria da equipe reduziu pela metade os salários do elenco, com a promessa de que a compensação viria em 2021.

Daniel Alves reclamou publicamente da situação pela primeira vez em maio de 2021, no programa “Bem, Amigos!”, do “SporTV”, quando a dívida estava em R$ 18 milhões.

“Quando você compra um grande vinho, você não compra a garrafa, você compra a história. A história tem um preço. Se você não tem a capacidade de arcar com essa história, dificilmente você vai beber grandes vinhos constantemente”, disse o jogador na ocasião.

Após defender a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, atitude muito criticada pela torcida, por sinal, Daniel Alves voltou a criticar o clube publicamente.

“O São Paulo falhou muito comigo. Era um momento que eu tinha de escolher pelo São Paulo e por defender meu país, e sempre vou representar meu país e, por tabela, representar o time. As pessoas falam porque não conhecem minha dedicação, entrega e respeito com o São Paulo, sendo que o São Paulo muitas vezes falhou comigo. Eu não falho com o São Paulo”, afirmou o atleta.

Pouco tempo depois, o clube acertou, de maneira amigável, a rescisão do contrato de Daniel Alves, que, originalmente, iria até dezembro de 2022.

Ao todo, o defensor disputou 95 partidas com a camisa do Soberano, com 10 gols marcados e 14 assistências dadas., além do título do Campeonato Paulista de 2021, o primeiro da equipe em nove temporadas.

Nenê

Nenê jogando videogame ao lado de André Jardine
Reprodução / X – São Paulo

Nenê jogando videogame ao lado de André Jardine

Após uma excelente passagem no futebol europeu, Nenê retornou ao Brasil em 2015 para defender o Vasco da Gama. Mesmo com a má fase do clube carioca, se destacou individualmente.

Em 2018, aos 36 anos de idade, o veterano deixou o time cruzmaltino para se juntar ao Tricolor. O começo na capital paulista foi considerado bom, sendo um dos principais jogadores do time que chegou a liderar o Campeonato Brasileiro.

No entanto, polêmicas extra-campo fizeram com que o jogador perdesse espaço no elenco e prestígio com a torcida.

Em outubro de 2018, Nenê foi ausência em um treino comandado pelo técnico uruguaio Diego Aguirre, por ter sido liberado para ir a um casamento de amigos, realizado na Europa.

Na mesma semana, o São Paulo enfrentava o Palmeiras no Morumbi, com a oportunidade de diminuir a diferença para o líder do torneio para apenas um ponto.

Mesmo sem treinar, Nenê foi escolhido para começar o duelo como titular, não teve uma grande atuação e foi um dos mais criticados pela torcida após a derrota por 2 a 0.

Em 2019, o experiente meia foi para o fim da fila do elenco tricolor, sendo utilizado em apenas duas partidas no Campeonato Brasileiro até julho, quando foi negociado ao Fluminense.

Em sua passagem completa, Nenê marcou 12 gols e deu 12 assistências em 71 compromissos realizados.

Rivaldo

Rivaldo substituindo Casemiro em um jogo do São Paulo no Brasileirão de 2011
Reprodução / X

Rivaldo substituindo Casemiro em um jogo do São Paulo no Brasileirão de 2011

Melhor jogador do mundo em 1999 e campeão mundial em 2002, Rivaldo completou o “Trio de Ferro” (alcunha dada ao conjunto dos três principais clubes da capital paulista) no início de 2011, quando foi anunciado pelo São Paulo.

A negociação que trouxe o meio-campista de 38 anos ao Tricolor também envolveu uma parceria do Soberano com o Mogi Mirim, que era presidido pelo jogador na época.

Na reta final de sua carreira, Rivaldo estava longe do jogador que foi entre o final da década de 1990 e o início deste século, não conseguindo se tornar a referência técnica do elenco.

A saída do astro da equipe aconteceu no final de 2011, após diversos atritos com Paulo César Carpegiani, treinador do time, e Juvenal Juvêncio, presidente do clube.

Com a camisa do São Paulo, Rivaldo balançou as redes sete vezes e deu três assistências em 45 partidas disputadas.



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