Samson Dauda é imbatível? Derek Lunsford acredita que não – 22/07/2025 – Músculo


Uma das presenças mais aguardadas pelos fãs de fisiculturismo no Musclecontest Brazil, que ocorreu no último final de semana em Curitiba (PR), foi a de Derek Lunsford. Neste ano, o atleta da categoria Open e atual campeão do Arnold Classic Ohio é um dos principais favoritos a vencer o Olympia, título que conquistou nos anos de 2021 e 2023 – vale ressaltar que ele é o único ser humano da história a ganhar a competição em duas divisões diferentes (212 em 2021 e Open em 2023).

Em entrevista exclusiva, o fisiculturista profissional falou sobre a dificuldade que competidores mais baixos têm ao enfrentar oponentes mais altos e com estruturas ósseas maiores. “Nós todos temos nossas qualidades e nossas fraquezas, ninguém é perfeito. Eu sempre dou o meu melhor para melhorar meus pontos fracos e evidenciar os pontos fortes”, aponta Lunsford.

“É isso que venho fazendo nos últimos anos e isso fez com que eu tivesse êxito contra caras que têm melhores genéticas que a minha no palco”, destaca o atleta treinado pelo brasileiro Fabrício Pacholok. Entretanto, o estadunidense ressalta que também tem suas vantagens estruturais: “Não estou falando que Deus não me deu uma genética incrível para o fisiculturismo, porque ele deu”.

Um dos principais rivais dele na liga profissional da IFBB (Federação Internacional de Fisiculturismo e Fitness) é Samson Dauda. Enquanto Lunsford começou na categoria 212, que engloba atletas mais baixos por conta do limite de peso, o fisiculturista conhecido como Leão Nigeriano sempre foi da categoria super-pesada e é o atual Mister Olympia, título que conquistou após se apresentar com quase 140kg em cima do palco no ano passado.

Nick Walker: a pedra no sapato

Outro ponto abordado durante a conversa do fisiculturista com o blog Músculo, da Folha de S. Paulo, foi o Pittsburgh Pro. Na ocasião, o atleta estadunidense protagonizou uma das disputas mais parelhas de sua carreira (tanto que, em pontos, houve um empate técnico) contra Nick Walker. Para diversos fãs e especialistas, inclusive, o Mutante – que não participou das duas últimas edições do Olympia – deveria ter vencido.

Lunsford chegou para esse campeonato com a moral inabalável e com o título informal de principal favorito a vencer o Olympia 2025, tendo em vista que ele havia batido Dauda há cerca de dois meses.

Questionado sobre o efeito moral que a vitória apertada diante de Walker o causou, ele foi direto: “Eu sei que existe muita expectativa quando o assunto sou eu. Todos querem que eu me apresente tão bem quanto na última competição ou até melhor. Então se eu apareço minimamente pior que no último torneio, as pessoas vão ter a impressão de que eu estou mal. Por outro lado, a gente não via o Nick Walker competindo há muito tempo e ele apresentou a melhor versão de toda a sua carreira. Então acho que, pelo fato de eu estar ‘em alta’ e ele estar ‘em baixa’ naquele momento, houve essa quebra de expectativa, porque eu não apareci no meu 100%, e ele apareceu. Mas o que acontece é que, às vezes, um atleta nos seus 95% pode bater outro que esteja nos seus 100%”.

“Não era uma tarefa fácil chegar melhor, já que eu apresentei algo muito próximo do meu 100% no Arnold Classic. Nas 10 semanas que separaram esses dois campeonatos, eu viajei para fazer presenças, cumpri diversos compromissos. Também tive problemas pessoais, minha avó estava doente e ela veio a falecer na véspera do show de Pittsburgh. Acho que isso pesou para que eu não estivesse no meu auge naquele campeonato”, completa.

Derek Lunsford, Hadi Choopan, Samson Dauda, Nick Walker, Rafael Brandão e diversos outros fisiculturistas se enfrentarão entre os dias 9 e 12 de outubro em Las Vegas, nos Estados Unidos, para ver quem será o Mister Olympia em 2025.

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Folha de S.Paulo