Relembre os últimos não brasileiros campeões da Libertadores

O futebol brasileiro tem dominado a Libertadores nos últimos anos. Desde 2019, apenas equipes do Brasil levantaram o troféu mais cobiçado do continente sul-americano.

Das últimas seis finais (2019-2024), inclusive, quatro foram disputadas entre clubes brasileiros. A última vez que um time estrangeiro levantou a taça continental foi o River Plate, em 2018, quando bateu o arquirrival Boca Juniors e ficou com o caneco.

Pensando nisso, o Portal iG fez uma lista dos últimos cinco times não brasileiros que foram campeões da Libertadores. Você consegue lembrar quais são?

Estudiantes (2009)

O Estudiantes faturou seu quarto título da Copa Libertadores em 2009, encerrando um jejum de 39 anos desde sua última conquista.

Liderado em campo por Juan Sebastián Verón e com gols decisivos de Mauro Boselli, o time argentino teve uma campanha de superação, ficando em segundo lugar de seu grupo e crescendo nas etapas eliminatórias.

Na fase de grupos, enfrentou Cruzeiro, Deportivo Quito (Equador) e Universitario de Sucre (Bolívia). Em seis jogos, obteve 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, classificando-se em segundo lugar do Grupo 5.

A partir do mata-mata, o Estudiantes mostrou força e equilíbrio: eliminou Libertad (Paraguai) nas oitavas, Defensor Sporting (Uruguai) nas quartas e Nacional (Uruguai) na semifinal. Na grande decisão, começou empatando com o Cruzeiro na Argentina e conquistou o título com uma vitória por 2 a 1 no Mineirão.

Resumo da campanha
Jogos: 14
Vitórias: 8
Empates: 4
Derrotas: 2
Gols marcados: 23
Gols sofridos: 9
Saldo de gols: 14
Aproveitamento: 66%
Técnico: Alejandro Sabella
Artilheiro: Mauro Boselli (8 gols)

San Lorenzo (2014)

A tão sonhada conquista da América finalmente chegou para o San Lorenzo em 2014. Após anos de espera e sendo o único dos “cinco grandes” da Argentina que ainda não havia levado uma Libertadores, o time do Papa Francisco ergueu o troféu pela primeira vez. 

Sob o comando do técnico Edgardo Bauza, o clube superou uma fase de grupos irregular e cresceu nas etapas decisivas, contando com a liderança de Néstor Ortigoza e as atuações decisivas de Ignacio Piatti, Emmanuel Mas e Mauro Matos.

No Grupo B, o San Lorenzo enfrentou Botafogo, Unión Española (Chile) e Independiente del Valle (Equador). Com uma campanha oscilante (2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas), terminou com apenas 8 pontos, classificando-se em segundo lugar. A vaga só veio na última rodada, com uma vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo.

A partir das oitavas, o time argentino mostrou solidez. Passou pelo Grêmio nos pênaltis, eliminou o Cruzeiro com uma vitória e um empate, e goleou o Bolívar por 5 a 0 na ida da semifinal, garantindo a vaga mesmo com derrota na volta. Na final, empatou com o Nacional do Paraguai fora de casa e venceu por 1 a 0 no Nuevo Gasómetro, com gol de Ortigoza de pênalti.

Resumo da campanha
Jogos: 14
Vitórias: 6
Empates: 4
Derrotas: 4
Gols marcados: 16
Gols sofridos: 9
Saldo de gols: 7
Aproveitamento: 52%
Técnico: Edgardo Bauza
Artilheiros: Ignacio Piatti e Mauro Matos (3 gols cada)

River Plate (2015)

Em 2015, o River Plate conquistou sua terceira Libertadores, encerrando um jejum de 19 anos desde sua última conquista, em 1996. Sob o comando do técnico Marcelo Gallardo, o clube argentino superou uma fase de grupos desafiadora e mostrou sua força nas fases eliminatórias, culminando com uma vitória convincente na final contra o Tigres, do México.

Na fase de grupos, o River enfrentou Tigres (México), Juan Aurich (Peru) e San José (Bolívia). Com uma campanha irregular (1 vitória, 4 empates e 1 derrota), o River avançou em segundo lugar no Grupo F, beneficiado por uma combinação de resultados na última rodada.

Nas oitavas de final, o River enfrentou seu arquirrival Boca Juniors. Após vencer o jogo de ida por 1 a 0 no Monumental de Núñez, o duelo de volta na Bombonera foi suspenso no intervalo devido a um incidente envolvendo torcedores, e o River foi declarado vencedor.

Nas quartas de final, a equipe enfrentou o Cruzeiro. Após perder o jogo de ida por 1 a 0 em casa, o time argentino conseguiu uma impressionante vitória por 3 a 0 no Mineirão, garantindo a vaga na etapa seguinte.

Na semifinal, o adversário foi o Guaraní do Paraguai. Com uma vitória por 2 a 0 em casa e um empate por 1 a 1 fora, o River avançou para a final.

Na decisão, o River reencontrou o Tigres. Após um empate sem gols no jogo de ida no México, o time argentino venceu por 3 a 0 no Monumental de Núñez, com gols de Lucas Alario, Carlos Sánchez e Ramiro Funes Mori, conquistando o título continental.

Resumo da campanha
Jogos: 14
Vitórias: 5
Empates: 7
Derrotas: 2
Gols marcados: 18
Gols sofridos: 9
Saldo de gols: 9
Aproveitamento: 52%
Técnico: Marcelo Gallardo
Artilheiro: Lucas Alario (4 gols)

Atlético Nacional (2016)

O Atlético Nacional conquistou sua segunda Libertadores em 2016, tornando-se o único clube colombiano a figurar entre os últimos campeões não brasileiros da competição.

Sob o comando do técnico Reinaldo Rueda, a equipe de Medellín apresentou uma campanha sólida e consistente, destacando-se pela melhor defesa do torneio e um ataque eficiente.

Na fase de grupos, o Atlético Nacional liderou o Grupo D com 16 pontos, obtendo 5 vitórias e 1 empate, marcando 12 gols e não sofrendo nenhum. Os adversários foram Huracán (Argentina), Peñarol (Uruguai) e Sporting Cristal (Peru).

Nas oitavas de final, enfrentou novamente o Huracán, empatando sem gols na Argentina e vencendo por 4 a 2 em casa. Nas quartas, após perder por 1 a 0 para o Rosario Central na Argentina, o Atlético Nacional venceu por 3 a 1 em Medellín, com o gol da classificação marcado nos acréscimos. 

Na semifinal, enfrentou o São Paulo, vencendo por 2 a 0 no Morumbi e por 2 a 1 em casa, com todos os gols marcados por Miguel Borja.

Na final, enfrentou o Independiente del Valle (Equador), empatando por 1 a 1 no jogo de ida em Quito e vencendo por 1 a 0 em Medellín, com gol de Miguel Borja, garantindo o título.

Resumo da campanha
Jogos: 14
Vitórias: 10
Empates: 3
Derrotas: 1
Gols marcados: 25
Gols sofridos: 6
Saldo de gols: 19
Aproveitamento: 78%
Técnico: Reinaldo Rueda
Artilheiro: Miguel Borja (5 gols)

River Plate (2018)

Em 2018, o River Plate conquistou sua quarta Libertadores, em uma das finais mais emblemáticas e controversas da história do torneio. O título foi ainda mais significativo por ter sido conquistado sobre o arquirrival Boca Juniors, em uma decisão que, devido a incidentes de violência, teve seu jogo de volta transferido para o estádio Santiago Bernabéu, em Madri, na Espanha.

Na fase de grupos, o River liderou o Grupo D com 12 pontos, enfrentando Flamengo, Emelec (Equador) e Independiente Santa Fe (Colômbia). A equipe se destacou pela solidez defensiva, sofrendo apenas três gols em seis partidas.

Nas oitavas de final, eliminou o Racing com um empate em 0 a 0 fora de casa e uma vitória por 3 a 0 no Monumental de Núñez. Nas quartas, enfrentou o Independiente, empatando em 0 a 0 fora e vencendo por 3 a 1 em casa. Na semifinal, após perder por 1 a 0 para o Grêmio em casa, o River venceu por 2 a 1 em Porto Alegre, avançando à final pelo critério do gol fora de casa.

A final contra o Boca Juniors foi histórica. O jogo de ida, realizado na Bombonera, terminou em 2 a 2. O jogo de volta, inicialmente marcado para o Monumental de Núñez, foi adiado e posteriormente transferido para Madri, após um ataque de torcedores do River ao ônibus do Boca. 

No Santiago Bernabéu, o Boca saiu na frente com gol de Darío Benedetto, mas o River empatou com Lucas Pratto. Na prorrogação, Juan Fernando Quintero marcou um belo gol, e Gonzalo “Pity” Martínez selou a vitória por 3 a 1. Com o resultado agregado de 5 a 3, o River ergueu a taça pela quarta vez.

Resumo da campanha
Jogos: 14
Vitórias: 6
Empates: 7
Derrotas: 1
Gols marcados: 19
Gols sofridos: 9
Saldo de gols: 10
Aproveitamento: 59%
Técnico: Marcelo Gallardo
Artilheiro: Lucas Pratto (5 gols)

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