O início da confusão aconteceu entre torcedores chilenos, na arquibancada superior, e argentinos, na inferior
Os episódios de violência entre as torcidas do Independiente, da Argentina, e Universidad de Chile, na noite desta quarta-feira (20), geram comoção na imprensa dos dois países nas primeiras horas de quinta-feira. Realizado no Estádio Libertadores de América, em Avellaneda, vizinha à capital argentina, o jogo válido pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana foi encerrado no início do segundo tempo quando os times empatavam em 1 a 1 após distúrbios na parte da arquibancada em que estavam os torcedores chilenos.
- Há relatos de feridos graves durante Independiente x La U, na Argentina
- Partida era válida pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana e foi encerrada no segundo tempo
- Cerca de 100 torcedores chilenos foram detidos
- Um torcedor chileno teria se jogado da arquibancada para escapar das agressões.
- Vídeos mostram torcedores da Universidad de Chile sendo espancados e roubados por rivais.
- O presidente do Chile classificou o episódio como “linchamento”
Como a violência começou?
Existem feridos graves, cerca de uma centena de detidos e há relato de um torcedor do clube chileno que se atirou do alto da arquibancada para fugir das investidas de rivais. Vídeos que circulam na internet mostram torcedores chilenos espancados dentro do estádio por torcedores rivais e tendo suas roupas roubadas por argentinos. Não existem informações oficiais sobre mortes.
Antes da invasão, os chilenos, que estavam em um trecho da arquibancada superior, lançaram objetos e artefactos pirotécnicos sobre os torcedores argentinos que estavam na arquibancada inferior.
Reação do presidente do Chile: “Linchamento”
Na madrugada desta quinta-feira, o presidente do Chile, Gabriel Boric, publicou em sua conta no X (antigo Twitter) fortes críticas à organização da partida.
O que aconteceu em Avellaneda entre as torcidas do Independiente e da Universidad de Chile é errado em muitos aspectos, desde a violência entre os torcedores até a evidente irresponsabilidade da organização. A justiça deve determinar os responsáveis. Agora, nossa prioridade como governo é verificar a condição de nossos compatriotas que foram agredidos, garantir seu atendimento médico imediato e garantir que os detidos sejam protegidos. Para isso, estamos trabalhando com a Embaixada, o Consulado, a Chancelaria e o Ministério do Interior”.
Depois, em uma publicação à parte, ele completou.
“E não, nada justifica um linchamento. Nada”, escreveu ao falar sobre o tema.
Abaixo, vídeos dos acontecimentos.
Imprensa argentina: “Barbárie”
No jornal Clarín, da Argentina, o episódio foi tratado como uma “noite trágica com atos de barbárie” em que houve “grosseiras falha do operativo de segurança que desembocou em uma batalha campal”. La Tercera, do Chile, chamou os incidentes de “tragédia e horror”.
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