Quatro torcedores que penduraram um boneco de Vinicius Junior enforcado em uma ponte antes de partida entre Real Madrid e Atlético de Madrid pela Copa do Rei da Espanha, em janeiro de 2023, foram condenados por um tribunal de Madri por crime de ódio e ameaça, informou nesta segunda-feira (16) a LaLiga, organização responsável pelo Campeonato Espanhol.
De acordo com a sentença, um dos réus foi condenado a 15 meses de prisão por crime de ódio e mais sete meses por ameaças, após ter distribuído imagens do ato online. Os outros três foram condenados a sete meses de prisão por crime de ódio e sete meses por ameaças.
No entanto, eles não cumprirão pena de prisão, depois que todos os quatro assinaram uma carta de desculpas a Vinicius, Real Madrid, LaLiga e à federação espanhola de futebol (RFEF). Eles também precisam participar de um programa educacional sobre tratamento igualitário e não discriminação como forma de atenuar as penas impostas.
Além disso, o primeiro réu foi multado em 1.084 euros (R$ 6.971) e os outros três em 720 euros (R$ 4.630) cada, com punições adicionais incluindo uma ordem de restrição de 1.000 metros de Vinicius, sua casa e seu local de trabalho, e proibição de se aproximar de estádios de futebol durante partidas da LaLiga ou da RFEF por quatro anos.
“O réu que publicou o vídeo nas redes foi ainda proibido de exercer funções em ambientes educacionais, esportivos ou recreativos com menores de idade por quatro anos e três meses. Os demais foram punidos com três anos e sete meses de inabilitação para essas funções”, disse o comunicado da LaLiga.
“Esta pena criminal se soma a várias já proferidas nos últimos meses por insultos racistas recebidos por jogadores do Real Madrid nos estádios Zorrilla (Valladolid), Mestalla (Valência), Son Moix (Palma de Mallorca) e Vallecas (Rayo Vallecano), inclusive em fóruns digitais. No total, quatorze pessoas foram condenadas criminalmente por ataques racistas contra jogadores do nosso clube”, disse o Real Madrid.
“O Real Madrid, que atuou como promotor particular ao lado de seu jogador neste caso, e em muitos outros atualmente em andamento, continuará trabalhando para proteger os valores do nosso clube e erradicar qualquer comportamento racista no mundo do futebol e do esporte”, acrescentou o clube merengue.
Folha de S.Paulo
