PSG supera Tottenham nos pênaltis e conquista Supercopa – 13/08/2025 – Esporte


O Paris Saint-Germain iniciou nesta quarta-feira (13) a temporada 2025/26 com a conquista da Supercopa da Uefa. Em Udine, na Itália, o time francês buscou um empate com o Tottenham, por 2 a 2, depois de ter saído perdendo por 2 a 0. Na disputa por pênaltis, ganhou por 4 a 3.

Dominado durante boa parte do jogo, o atual campeão da Champions League só conseguiu reagir na parte final do jogo disputado no estádio Friuli. Primeiro, Lee Kang-in descontou o placar aos 40 minutos. Depois, Gonçalo Ramos empatou nos acréscimos, forçando a decisão nas penalidades.

O time inglês controlava sua vantagem até então, construída com gols de Van de Ven, aos 39 da etapa inicial, e Cristian Romero, aos três do segundo tempo. Àquela altura, parecia improvável a reação do PSG, que enfrentava um adversário em boa jornada e também os efeitos de uma temporada estendida.

Após a inédita conquista da Champions League, completando a tríplice coroa depois dos troféus da Supercopa da França e do Campeonato Francês, o clube francês foi finalista da Copa do Mundo de Clubes, disputada nos Estados Unidos —foi derrotado pelo Chelsea na decisão.

Devido à participação no torneio organizado pela Fifa (Federação Internacional de Futebol), o elenco dirigido por Luis Henrique teve um curto período de férias e apenas seis dias de pré-temporada antes de disputar a Supercopa. O Tottenham, por sua vez, treinou por algumas semanas e disputou seis amistosos.

Quando a bola rolou, essa diferença ficou evidente. Embora nas casas de aposta houvesse favoritismo do PSG, sustentado pelo futebol envolvente exibido em 2024/25, foi o clube inglês que assumiu o controle da partida e criou as melhores chances.

Ainda no primeiro tempo, o Tottenham abriu o placar aos 39 minutos, com o zagueiro Van de Ven, que aproveitou sobra do goleiro Chevalier —ele chegou a desviar a bola, que acertou a trave antes de voltar para o adversário. Depois do intervalo, foi a vez de outro defensor, Cristian Romero, balançar a rede após um vacilo do goleiro, que não conseguiu afastar um cabeceio em sua direção, aos três minutos.

Nos minutos finais do confronto, já aos 40, o PSG começou a mostrar poder de reação. Primeiro, Lee Kang-in descontou. Na sequência, o gol de Gonçalo Ramos, nos acréscimos, livrou um pouco a cara do estreante goleiro do PSG e deixou tudo igual.

A expectativa sobre a atuação de Chevalier era grande. Ele foi escolhido para assumir a titularidade após o italiano Gianluigi Donnarumma ter entrado em rota de colisão com Luis Enrique e sido colocado no mercado. Sua situação está indefinida, embora o Manchester City já tenha demonstrado interesse em contratá-lo.

O PSG desembolou 55 milhões de euros (R$ 347 milhões) para tirar Chevalier do Lille. Ele assinou um contrato até 2030. Com esse valor, tornou-se o goleiro mais caro da história do clube parisiense.

O Tottenham também teve uma importante estreia nesta quarta, com seu novo treinador comandando o time pela primeira vez em um jogo oficial. O vacilo no final, com a perda do título, tirou do dinamarquês Thomas Frank a chance de iniciar sua jornada com o pé direito.

A equipe londrina, agora, estreia no Campeonato Inglês no próximo sábado (16), contra o Burnley. O PSG, por sua vez, começa no Campeonato Francês no domingo (17), contra o Nantes.

Uefa faz protesto contra conflitos

Antes do início da decisão da Supercopa, um grupo formado por nove crianças refugiadas na Itália, vindas de diferentes regiões em conflito —Afeganistão, Iraque, Nigéria, Palestina e Ucrânia—, exibiu uma faixa com a mensagem: Parem de matar crianças. Parem de matar civis“.

A peça foi confeccionada pela Uefa (União das Associações Europeias de Futebol), que também convidou duas crianças refugiadas, Tala, de 12 anos, e Mohamed, de 9, para participar da cerimônia de entrega das medalhas.

De acordo com a Uefa, Tala é palestina, tem saúde frágil e foi transferida para Milão para receber atendimento médico adequado, indisponível em Gaza desde o início da guerra Israel-Hamas. Mohamed perdeu os pais durante o conflito e ficou gravemente ferido em um ataque aéreo. Ele também buscou tratamento na Itália, onde se refugiou com a avó.



Folha de S.Paulo