O letreiro MorumBis poderá ser instalado na fachada do estádio do São Paulo Futebol Clube sem que isso viole as regras do patrimônio da capital paulista, decidiu por unanimidade na última segunda-feira (18) o Conpresp, conselho responsável pela preservação da memória urbana, histórica e cultural da cidade.
Construído entre 1953 e 1960, o estádio Cícero Pompeu de Toledo, no Morumbi (zona oeste), faz parte de um decreto de tombamento de 2018 que preserva diversos prédios projetados pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas (1915-1985), um dos nomes mais importantes da arquitetura paulista.
Intervenções em bens preservados, como a instalação de um letreiro, precisam da análise e aprovação do órgão de patrimônio.
A mudança do nome do estádio faz parte do acordo firmado entre o São Paulo e a fabricante de alimentos Mondelez, responsável pela marca de chocolates Bis.
O contrato com a fabricante de chocolates tem duração de três anos, com um aporte total de R$ 75 milhões ao São Paulo.
Além da restrições relativas ao tombamento, a Lei Cidade Limpa também tem regras que limitam o tamanho de grandes painéis publicitários no exterior de edifícios. A validação do letreiro dependerá, portanto, da análise da CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana).
A comissão, que é ligada à Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), discutirá o caso no próximo dia 4 de dezembro.
Na ocasião, haverá a análise de um termo de cooperação pelo qual a Mondelez precisará se comprometer a realizar melhorias urbanas no entorno do estádio.
A parte externa da arquibancada superior voltada para o norte, localizada de frente para a praça Roberto Gomes Pedrosa, já teve removido o letreiro antigo, com os escudos e os nomes do clube e do estádio.
O painel MorumBis já foi fixado, mas permanece coberto com um revestimento metálico. A exposição deverá ocorrer após a formalização do termo de cooperação com a prefeitura.