Em 1940, o Corinthians seria o primeiro tetracampeão paulista entre profissionais e o Palestra impediu.
Em 1963, seria a vez do Santos, mas outra vez o Palmeiras não deixou.
Em 1970 foi a vez de o São Paulo cortar a série do Santos, coisa que o Corinthians também fez em 2013.
Finalmente, em 2020, o Palmeiras, maior estraga-prazeres de tricampeões, novamente impediu o tetracampeonato do Corinthians.
Lembremos, só para constar, que o único tetracampeão paulista é o Paulistano, em 1919.
Sabem a rara leitora e o raro leitor quem impediu o pentacampeonato do Paulistano?
Exatamente, o Palestra, ou seja, o Palmeiras.
Que deu passo tranquilo em São Bernardo para chegar às semifinais, ao vencê-lo por 3 a 0, em noite de golaço e exibição da joia Estêvão.
Se para chegar às quartas de final teve suspense na vida alviverde, a passagem para as semi teve cara de passeio pelo ABC paulista.
Os adversários que se cuidem, porque o Palmeiras está pronto para realizar a façanha que é buscada desde 1933 —quando o futebol virou profissional no Brasil e o aristocrático Paulistano já havia desistido de disputá-lo.
Não só está pronto como terá Vitor Roque, o centroavante que custou 25,5 milhões de euros, maior transação do futebol brasileiro.
Se há em São Paulo um time em clara evolução este é o Palmeiras, além de ser o mais cascudo, o mais acostumado com pressões e decisões.
Sempre haverá gente tonta para confundir favoritismo com certeza de vitória e, pior, falar da tal da zica reversa, praga que ganhou fama em relação aos jornalistas cujas preferências clubísticas são transparentes. Paciência.
O Palmeiras é favoritaço, tem o melhor time, o melhor treinador, a melhor diretoria e as contas em dia, sem escândalos não é de hoje.
Cumpridor
Mais uma vez o Corinthians obteve o resultado de que precisava e se classificou para as semifinais do Paulistinha.
E manteve os quatro pontos de vantagem sobre o Palmeiras, algo que pode ser decisivo se ambos decidirem o título e o alvinegro tiver a chance de devolver, em Itaquera, o presente de grego dado em 2020.
Romero, só para variar, abriu as portas da vitória, na metade do primeiro tempo, no estádio lotado. O paraguaio é agora o artilheiro em Itaquera e do século 21 com a camisa corintiana.
A dupla Díaz poupou o conterrâneo Rodrigo Garro para o jogo mais importante, nesta quarta-feira (5), em Guayaquil, contra o equatoriano Barcelona, primeiro dos dois últimos passos para chegar à fase de grupos da Libertadores.
O lateral Angileri estreou no segundo tempo e fez o que os demais laterais alvinegros são incapazes de fazer: pôs a bola na cabeça de Memphis para o 2 a 0 tranquilizador.
Protesto?
O desempenho no primeiro tempo do Flamengo contra o Vasco, no jogo de ida das semifinais do Carioquinha, cheirou à operação-padrão no gramado sintético do estádio Nilton Santos.
O segundo tempo foi diferente e o golaço de Bruno Henrique deu ao rubro-negro a vantagem de poder perder por um gol para chegar às finais e ganhar mais um título estadual.
O time da Gávea é daqueles que tem tantos jogadores decisivos que pode até nem jogar bem e assim mesmo vencer.
Se o Palmeiras é o favoritaço em São Paulo, o Flamengo o é na América do Sul.
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