Kunishige Kamamoto, considerado o melhor atacante da história do futebol japonês, com 75 gols marcados em 76 partidas pelos Samurais Azuis, faleceu no domingo (10), aos 81 anos, em consequência de uma pneumonia, anunciou nesta segunda-feira (11) a Federação Japonesa de Futebol (JFA).
O nativo de Kyoto foi o artilheiro do torneio olímpico do México, em 1968, com sete gols, quando o Japão conquistou a medalha de bronze.
O Yanmar Diesel, agora Cerezo Osaka, foi o clube de sua carreira, marcando um total de 202 gols em 251 partidas do campeonato japonês.
Em sua partida de despedida do clube como jogador, Pelé, amigo de Kamamoto, foi um dos convidados.
Na fase final de sua carreira, ele ainda conciliou sua carreira de jogador com a de técnico do time até sua aposentadoria dos gramados, em 1984.
Depois prosseguiu sua carreira de treinador até 1995 e, três anos mais tarde, tornou-se vice-presidente da JFA. Também foi diretor do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2002, co-organizada pelo Japão e Coreia do Sul.
Kamamoto também combinou sua carreira como técnico de futebol com a de político, tendo sido eleito para a Câmara dos Representantes, em 1995.
O atual técnico da seleção japonesa, Hajime Moriyasu, elogiou Kamamoto, “que deu aos japoneses um raio de esperança de poder competir em nível internacional”.
Outro mito do futebol nipônico, Kasuyoshi Miura, mais conhecido como Kazu, que continua jogando apesar de já ter 58 anos, lembrou que o próprio Pelé disse que Kamamoto era “um grande atacante”, quando o brasileiro participou da partida de homenagem pela aposentadoria do agora falecido.
“Quando ouvi o Rei Pelé dizer que ele era ‘um grande atacante’, me senti orgulhoso como japonês e ainda me lembro disso”, declarou o segundo maior artilheiro da história da seleção japonesa, com 55 gols.
Folha de S.Paulo