A biatleta alemã e bicampeã olímpica Laura Dahlmeier morreu após um acidente de montanhismo no Paquistão no início da semana. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (30) por sua equipe.
Ouro no biatlo nas provas de velocidade e perseguição nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, Dahlmeier foi atingida por uma queda de rochas enquanto tentava escalar um pico de 6.094 metros no norte do Paquistão.
O acidente ocorreu na segunda-feira (28), no Vale Hushe, na cordilheira norte da província de Gilgit-Baltistan.
Dahlmeier estava escalando com sua parceira de montanhismo, Marina Eva, quando foi atingida por uma queda repentina de rochas.
Seus representantes acrescentaram que ela provavelmente morreu instantaneamente, enquanto sua parceiro de montanhismo saiu ilesa e permaneceu no local.
“Era vontade expressa e escrita de Laura Dahlmeier que, em um caso como este, ninguém deveria arriscar sua vida para recuperá-la”, disseram eles.
“Era seu desejo deixar seu corpo na montanha neste caso. Isso também está de acordo com os desejos de seus familiares.”
A alemã aposentou-se do esporte em 2019, aos 25 anos, um ano depois de se tornar a primeira biatleta feminina a conquistar o ouro nas provas de velocidade e perseguição na mesma Olimpíada.
A Confederação Alemã de Esportes Olímpicos expressou profundo pesar com a notícia.
“Ela era mais do que uma campeã olímpica —era alguém com coração, atitude e visão”, disse em comunicado no X.
Dahlmeier, que nasceu na cidade bávara de esqui de Garmisch-Partenkirchen, também foi homenageada pelo primeiro-ministro de seu estado natal, Markus Soeder.
“Laura Dahlmeier personificava sua Baviera natal no melhor sentido da palavra: era ambiciosa e bem-sucedida, mas sempre permaneceu humilde e próxima à sua terra natal”, disse ele em comunicado.
As regiões montanhosas do norte do Paquistão têm experimentado fortes inundações e deslizamentos de terra, matando vários turistas locais durante o atual período de monções.
Inundações e outros acidentes relacionados às chuvas mataram 288 pessoas no país asiático desde o início da temporada de monções no final de junho, segundo a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres local.
Folha de S.Paulo
