México promete Copa do Mundo sem racismo e sem xenofobia – 12/06/2025 – Esporte


As autoridades da Cidade do México inauguraram nesta quarta-feira (11) dois relógios que fazem a contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2026, a exatamente um ano do início do torneio, na capital mexicana.

O Mundial do ano que vem, cujo jogo de abertura será no estádio Azteca, no dia 11 de junho, será o primeiro organizado em conjunto por três países: México, Estados Unidos e Canadá.

A Cidade do México, de 9,2 milhões de habitantes, “viverá a Copa sem racismo, sem classismo, sem discriminação, sem xenofobia e sem homofobia”, prometeu a prefeita Clara Brugada durante a revelação de um dos relógios em um antigo casarão da capital.

“Todas as torcidas são bem-vindas”, acrescentou Brugada, ao lado do ex-jogador italiano Alessandro Del Piero, campeão do mundo em 2006 com a Azzurra.

Durante o evento, a prefeita e Del Piero também exibiram a taça da Copa do Mundo.

O outro relógio começou a funcionar na avenida Paseo de la Reforma, perto do famoso Auditório Nacional.

A Cidade do México receberá cinco jogos no mítico estádio Azteca, que se tornará o primeiro a sediar a abertura de três Copas do Mundo. Lá, o Brasil de Pelé (1970) e a Argentina de Maradona (1986) foram campeões mundiais.

As cidades mexicanas de Guadalajara (oeste) e Monterrey (norte) receberão outras quatro partidas cada uma.

Crise dos imigrantes

Em um comunicado, a Fifa informou que espera cerca de 6,5 milhões de torcedores nos estádios da Copa de 2026. As partidas serão distribuídas em 16 cidades-sede.

“O esplendor, a cultura e o sabor único de cada uma das nossas 16 cidades-sede estarão em plena exibição enquanto a Copa do Mundo mostra ao mundo tudo o que a América do Norte tem a oferecer”, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino. “Estamos ansiosos para receber equipes e convidados de todos os continentes para celebrar o belo esporte em seu palco mais majestoso.”

Apesar da mensagem em tom receptivo, pairam dúvidas sobre o acesso aos Estados Unido em meio às políticas restritivas impostas pelo governo de Donald Trump. Recentemente, o republicano proibiu a entrada de cidadãos de 12 países, com exceção para quem possui visto válido ou permanente ou quem tem dupla nacionalidade.

A medida atinge o Irã, um dos 13 países que já garantiram vaga no Mundial. O veto, porém, também prevê exceções para jogadores, técnicos, funcionários e parentes de membros da seleção asiática, mas bloqueia a entrada de torcedores.

“Cada país tem suas próprias políticas, mas somos pela unidade. Torcedores de todo o mundo irão para os EUA, bem como para o México e o Canadá. Como sempre, antes da Copa do Mundo, muitos tópicos são discutidos, mas quando começar será uma festa”, disse o presidente da Fifa.

(Com reportagem local)



Folha de S.Paulo