‘Maradona morreu em um chiqueiro’, diz advogado da família


Julgamento sobre a morte de Maradona acontece na Argentina
Reprodução/Instagram

Julgamento sobre a morte de Maradona acontece na Argentina

Está acontecendo na Argentina  o julgamento dos profissionais que eram responsáveis por cuidar da saúde de Diego Maradona nos dias finais do ex-jogador. O advogado Fernando Burlando, que representa a família do argentino, fez acusações graves contra os médicos, criticando a situação da internação domiciliar.  

“Maradona morreu em um chiqueiro. Era uma pocilga, uma imundície raramente vista, (totalmente) inadequada para internação domiciliar. O que eu quero é que eles descrevam o quão sujo isso foi”, disse o advogado ao citar o policial Lucas Gabriel Farías e os comissários Rodrigo Borge e Javier Leonardo Mendoza, que foram os primeiros a entrar na casa após a morte de Maradona. 

Lucas, Rodrigo e Javier são esperados nos próximos dias para dar depoimento sobre o caso.

Após a sessão do julgamento, Burlando concedeu entrevista ao canal ‘Trece’ e afirmou que as filhas de Maradona não podiam ver o pai e nem decidir qual medicação ele iria tomar. Tudo estava sendo controlado pelos oito profissionais que estão sendo acusados de ‘homicídio simples com dolo eventual’, quando a pessoa tem noção das consequências fatais das suas atitudes. 

Burlando também defendeu a atitude do promotor Patricio Ferrari, que no primeiro dia do julgamento mostrou uma foto de Maradona nos seus instantes finais de vida, na qual o ex-jogador estava bastante inchado na região do abdômen. Segundo o advogado, a ação foi com o intuito de validar a denúncia sobre a gravidade da situação do argentino. 

“São estratégias de comunicação. O que o promotor fez é aceitável. É bom mostrar e representar graficamente tudo. Para mim, pessoalmente, parece uma foto muito dura, mas é a realidade, essa era a condição do Diego… Era assim, eles o medicavam e mudavam seus medicamentos como se ele fosse realmente um animal, e não um ser humano. Ele não conseguia dizer nada, nem mesmo se deveria ser hospitalizado ou não”, disse Burlando. 

Entenda o caso

O julgamento começou nesta terça-feira (11) e ao todo oito médicos estão sendo julgados pelo Estado por ‘homicídio simples com dolo eventual’. As sessões estão sendo realizadas em San Isidro, região metropolitana de Buenos Aires. 

Maradona  faleceu no dia 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, após uma parada cardiorrespiratória. A expectativa é que o julgamento dure até julho, ou seja, cerca de quatro meses. Mais de 100 testemunhas serão ouvidas pela Justiça. 

Entre as pessoas que serão ouvidas estão familiares do ex-jogador, amigos, jornalistas, funcionários e médicos que estiveram ao lado de Maradona ao longo dos anos. Todos os médicos acusados negam qualquer responsabilidade na morte do argentino. 

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