O Phoenix Suns disputa neste domingo (13) sua última partida na edição 2024/25 da NBA. Um adeus melancólico para o time com a maior folha de pagamento da história da liga norte-americana de basquete, com um elenco disfuncional e limitadíssimas armas para melhorá-lo.
A direção do campeonato adotou nos últimos anos regras progressivamente restritivas para equipes com altos salários. O Phoenix decidiu encarar as taxas e tentou montar um supertime, com Devin Booker, Kevin Durant e Bradley Beal, todos com os vencimentos máximos permitidos em suas respectivas faixas de ano de experiência no torneio.
Só o trio consumiu US$ 150,6 milhões (R$ 884,5 milhões) nesta temporada. Com os demais atletas, a folha chegou a US$ 220,7 milhões (R$ 1,296 bilhão). Aplicada as taxas, o gasto com jogadores deverá chegar a US$ 362 milhões (R$ 2,126 bilhões).
A formação do Arizona chega à última rodada com 36 vitórias e 45 derrotas, retrospecto suficiente para a 11ª colocação na Conferência Oeste. Os seis primeiros de cada conferência vão direto aos “playoffs”. O sétimo, o oitavo, o nono e o décimo brigam pelas duas vagas restantes no chamado “play-in”, mas nem a essa repescagem os comandados de Mike Budenholzer conseguiram chegar.
“O problema não foi uma pessoa, um técnico ou um treinador. Quando você tem uma temporada tão ruim como esta, é uma porção de coisas. É frustrante porque estivemos tão perto alguns anos atrás e agora estamos onde estamos”, disse Booker, 28, recordando a derrota por 4 jogos a 2 na final de 2021, contra o Milwaukee Bucks.
O ala-armador é o único jogador que a diretoria chama de inegociável. Mas o dono dos Suns, Mat Ishbia, e seus gerentes terão bastante dificuldade para montar uma grande equipe em torno do camisa 1. Na tentativa de montar seu supertime, Ishbia abriu mão do que tinha à disposição para negociações de troca, como o pivô Deandre Ayton e múltiplas escolhas no Draft, o sistema de recrutamento de calouros da NBA.
A produção de Beal, 31, foi tão decepcionante que trocá-lo, com seu salário total de US$ 53,6 milhões (R$ 314,8 milhões) na temporada 2025/26, tornou-se tarefa hercúlea. Durant, 36, tem mercado, porém, sob as atuais regras restritivas para grandes salários, é improvável que alguma equipe ofereça uma troca digna do ainda produtivo talento do craque.
É muito provável, por outro lado, que o técnico Mike Budenholzer –campeão há quatro anos com os Bucks, em cima dos Suns– esteja de saída. O que não resolverá todos os problemas do time mais caro da história da NBA, dono da 21ª melhor campanha entre os 30 na disputa.
Folha de S.Paulo