O norte-americano Noah Lyles conquistou seu quarto título mundial consecutivo nos 200 metros nesta sexta-feira (19) em Tóquio, onde brilhou com um tempo de 19 segundos e 52 centésimos, igualando marca do jamaicano Usain Bolt.
O segundo lugar foi para seu compatriota Kenny Bednarek (19s58) e o bronze foi para o jamaicano Bryan Levell (19s64), enquanto o campeão olímpico botsuano Letsile Tebogo ficou em quarto (19s65) e o dominicano Alexander Ogando em sexto (20s01).
Nos 200 metros, sua prova favorita, Lyles reina sem interrupção nos Mundiais desde que ganhou seu primeiro ouro em Doha, em 2019.
Bolt também ganhou quatro ouros consecutivos nesta mesma prova, no seu caso entre Berlim, em 2009 e Pequim, em 2015.
“Eu sabia que tinha que ter paciência e acelerar no final da corrida, que sinto que controlei. Estive relaxado e cumpri meu trabalho”, declarou Lyles, que lembrou o gosto amargo que lhe deixou o bronze olímpico de 2021 nesse mesmo estádio de Tóquio, então vazio de público devido à pandemia.
“Não tenho boas lembranças de Tóquio em 2021. Naquela época eu estava deprimido, mas desta vez me sinto cheio de energia. Adoro o que faço e me sinto feliz”, garantiu.
O título e a superioridade demonstrada permitem que ele recupere a hegemonia nesta distância depois de ter sido apenas bronze no ano passado nos Jogos Olímpicos de Paris, em uma final à qual chegou doente com Covid-19 e onde o vencedor foi Tebogo.
No total, é a nona medalha mundial para Lyles e a sétima de ouro.
Há dois anos em Budapeste, Lyles foi a grande estrela do Mundial com um triplete de títulos nos 100 m, 200 m e 4 x 100 m que não poderá repetir porque na final dos 100 metros, no domingo passado (14), foi bronze e cedeu sua coroa ao jamaicano Oblique Seville.
O atleta nascido na Flórida há 28 anos ainda poderá aspirar um novo ouro neste fim de semana com o revezamento 4 x 100 m, onde o time dos Estados Unidos partirá mais uma vez como grande favorito.
Para o próximo Mundial, daqui a dois anos em Pequim, Lyles já estabeleceu o desafio de superar Bolt.
“Quero ser em 2027 o único homem que ganhou cinco títulos nos 200 metros”, sentenciou.
Folha de S.Paulo
