O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, morto neste domingo (20), teve a vida permeada por escândalos de todas as proporções.
Marin ficou preso de 2017 a 2020 pelo Fifagate. Ele foi citado com outros seis dirigentes da Fifa (Federação Internacional de Futebol) por pagamento de suborno a empresas de marketing esportivo em torno dos direitos de transmissão e marketing de torneios da Conmebol, Concacaf e da Copa do Brasil. Ele foi preso na Suíça e extraditado para os Estados Unidos.
Algumas de suas transgressões, porém, eram de menor escala. É o caso do roubo de uma medalha na Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha, de 2012.
Dois meses antes de Marin assumir a CBF, o Corinthians levou a melhor sobre o Fluminense na final, em 25 de janeiro. Na hora da premiação, Marin, então vice da entidade e interino após a saída de Ricardo Teixeira, surrupiou uma das medalhas. A transmissão da partida pegou o cartola colocando o prêmio no bolso no meio da distribuição para os jogadores.
Questionado, Marin disse que a medalha era um cortesia da FPF (Federação Paulista de Futebol). A entidade confirmou a versão do dirigente.
O goleiro Matheus Vidotto, porém, ficou sem medalha e comentou o caso depois à ESPN dizendo que foi um erro.
Um ano depois do caso na Copinha, o Santos presenteou Marin com a medalha do mesmo campeonato. O dirigente recebeu o regalo das mãos de Neymar.
Em 2014, o então dirigente da Federação Bahiana de Futebol, Jorge Lima, foi demitido depois de ter repetido o gesto de Marin na cerimônia de premiação ao Bahia no campeonato estadual.
Folha de S.Paulo