O jogador inglês Marc Guéhi, do Crystal Palace, não será punido por ter escrito mensagens religiosas em sua braçadeira de capitão durante jogos da Premier League, informou nesta terça-feira (3) a imprensa local.
No sábado (30), durante partida entre Crystal Palae e Newcastle que terminou empatada em 1 a 1, Guéhi usou a braçadeira decorada com as cores do arco-íris por uma campanha da Premier League contra a homofobia, em que estava escrito “I love Jesus” (Amo Jesus). A inscrição foi interpretada por algumas pessoas como uma demonstração de desaprovação à campanha de apoio à comunidade LGBTQ.
Nesta terça-feira (3), ele repetiu o gesto durante a vitória do Crystal Palace por 1 a 0 contra o Ipswich Town, mas desta vez a mensagem foi “Jesus loves you” (Jesus ama você).
Segundo a imprensa britânica, a Premier League lembrou ao atleta que estão expressamente proibidas as mensagens de caráter religioso, mas descartou abrir um processo disciplinar contra ele. No passado, Guéhi já havia expressado publicamente suas fortes convicções cristãs.
Nas duas últimas rodadas do campeonato inglês, os capitães das equipes usaram uma braçadeira arco-íris no âmbito da campanha “Rainbow Laces”, contra a homofobia no esporte.
O treinador do Crystal Palace, Oliver Glasner, defendeu seu jogador: “Todos são a favor da integração e contra a discriminação, também no caso de Marc. Ele tem sua opinião e nós a aceitamos. Aceitamos todas as opiniões”, declarou.
O capitão do Ipswich Town, Sam Morsy, também provocou polêmica, pois não usou as cores do arco-íris, mas sim uma braçadeira tradicional, também por motivos religiosos, de acordo com informações divulgadas por seu clube.
A Premier League ainda não se pronunciou sobre este segundo caso.
O capitão do Manchester United, o português Bruno Fernandes, usou a braçadeira de arco-íris no último domingo, mas os jogadores da equipe não entraram em campo com uma jaqueta de treino também com as cores, devido à recusa do marroquino Noussair Mazraoui de usar a vestimenta.
“Estamos fortemente comprometidos com os princípios de diversidade e inclusão. Os jogadores têm direito a ter suas opiniões, especialmente em relação à sua fé, que às vezes podem diferir da posição do clube”, explicou o Manchester United em comunicado.
