Todos os que gostam de futebol querem ver, no Maracanã, Flamengo x Palmeiras, duelo entre os dois melhores times do país e os únicos candidatos ao título do Brasileirão.
O Palmeiras, líder, ficou melhor com a dupla de atacantes (Flaco López e Vitor Roque), um meia ponta de cada lado (Felipe Anderson e Raphael Veiga), que marcam e constroem as jogadas, e o meio-campista Andreas Pereira, centralizado, que joga de uma intermediária à outra, com ótimos passes. Penso que Andreas Pereira deveria ser reserva no meio-campo da seleção.
A possível presença de Fuchs, híbrido de terceiro zagueiro pelo meio e de volante, surpreendeu pela sua saída de bola com ótimos passes para a frente, quebrando linhas como diz o futebolês. No Atlético-MG, eu desconhecia essa sua qualidade. Abel Ferreira vai fundo nos detalhes.
No Flamengo, Filipe Luís tem mudado bastante a equipe a cada jogo do meio para a frente. Tudo bem, desde que joguem Jorginho e Arrascaeta. Pedro, depois de dois belíssimos lances contra o Botafogo, com um gol e um passe para gol, será, certamente, escalado desde o início. Prefiro Carrascal como um meia ponta, um terceiro armador no meio-campo, com Arrascaeta mais livre e mais próximo de Pedro.
O Flamengo sofre pouquíssimos gols, mesmo jogando com os defensores adiantados, pressionando. Os dois ótimos zagueiros, Léo Ortiz e Léo Pereira, sabem o momento de dar dois passos para a frente e dois para trás. Contra o veloz Vitor Roque, terão de ficar muito atentos. Os dois zagueiros só não estão na seleção porque há vários excelentes defensores que atuam na Europa. O bom e experiente Alex Sandro tem boas chances de estar no Mundial.
Outro ótimo zagueiro que deveria continuar na fila de espera da seleção é Fabrício Bruno. Massacrá-lo e dizer que ele não tem nenhuma condição técnica para jogar na seleção por causa do erro cometido no primeiro gol do Japão é injusto e cruel, pois Fabrício Bruno tem atuado com grande eficiência e regularidade nos últimos anos. Muitos preferem o contrário, exaltar esporádicos brilharecos, principalmente de quem fez gol. Além disso, como os grandes times, mesmo pressionados, tentam sair com a bola da defesa trocando passes, erros acontecem com os bons goleiros e defensores.
Fabrício Bruno fez falta no empate do Cruzeiro com o Atlético-MG por 1 a 1. O Galo atuou de maneira melhor mesmo sem jogar bem, e o Cruzeiro jogou muito mal. A partida foi ruim, tumultuada e com erros bisonhos do árbitro, confuso, trocando os cartões, além de ter errado ao dar o escanteio para o Atlético-MG no lance que antecedeu o gol. Nada disso justifica o inadmissível comportamento de Kaio Jorge, que, com gestos, chamou o árbitro de ladrão.
Continuo com as minhas dúvidas, incertezas e perguntas sem respostas exatas. Por que, há tempos, existem tantas ausências por contusões no São Paulo? Na derrota para o Grêmio por 2 a 0 foi prazeroso ver Arthur, meio-campista do time gaúcho, jogar com classe, talento, passes precisos, claros e lúcidos, como na época da conquista da Libertadores de 2017 pelo próprio Grêmio. Na época, achava que Arthur se tornaria um dos grandes meio-campistas do futebol mundial. Ele foi para a Europa e não brilhou. Por quê?
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Folha de S.Paulo