Jogo a mil por hora no Terreirão do Galo como futebol deve ser dentro de campo, porque fora, em torno do estádio, a barbárie de sempre que o país não consegue evitar há décadas.
Chances de gols dos dois lados, o Atlético em busca de abrir logo o placar e o Flamengo, além de tentar quebrar o ritmo alucinante, também capaz de criar boas oportunidades.
Com a massa em transe, a decisão da 35ª Copa do Brasil cumpria com o que prometeu.
Para variar, há discrepâncias entre o que Atlético Mineiro e Flamengo informam sobre os confrontos entre ambos até a final da Copa do Brasil em Belo Horizonte.
Para os atleticanos eram 129 jogos, com 54 vitórias cariocas e 42 mineiras.
Para os flamenguistas, 127 partidas, com o mesmo número de vitórias alvinegras e duas a menos rubro-negras.
Ao clube da Gávea nova derrota, desde que por um gol de diferença, seria lucro, valeria a taça pela quinta vez.
O 34º empate em qualquer registro também bastava.
Gerson imperava e Hulk se impunha.
O tempo passava, para desgosto do Galo e satisfação do Mengo.
Quando o primeiro tempo terminou sem gols, a massa estava preocupada e a Nação empolgada.
O segundo tempo foi um massacre que consagrou definitivamente o goleiro Everson, autor de oito defesaças, cinco milagrosas, e evitou que o 1 a 0 com golaço de Plata fosse, no mínimo, 5 a 1, considerando-se o primeiro tempo.
Pena que o novo estádio atleticano mostrou-se incapaz de abrigar jogo tão importante, tantas foram as bombas jogadas no gramado, invasões de torcedores etc., a barbárie de fora para dentro de campo.
O Flamengo é pentacampeão da Copa do Brasil porque é melhor que o Galo, como, aliás, o Botafogo também é, o que deve ser motivo de preocupação para os mineiros.
Dérbi feminino
Palmeiras e Corinthians decidirão o Campeonato Paulista de mulheres nos próximos dias 15 e 20, com mando alviverde da finalíssima por ter melhor campanha.
No sábado, com entrada gratuita na casa verde e 3.569 torcedores, as palmeirenses ganharam da Ferroviária por 2 a 1 —3 a 2 no placar agregado.
Com o que se habilitaram a ganhar o estadual pela terceira vez.
A semifinal teve momento de violência assustadora, quando a araraquarense Luana atingiu Diany em lance que fez lembrar a estupidez do banguense zagueiro Márcio Nunes que quase encerrou a carreira de Zico, em 1985.
Luana foi expulsa, assim como, depois, a alviverde Maranhão também —por puxar o cabelo de Kati, falta mil vezes menos grave, embora merecendente da mesma punição.
Já as Brabas suaram neste domingo pela manhã para empatar em 1 a 1 com o São Paulo, em Itaquera, diante de 32.799 torcedores, com renda de mais de R$ 709 mil —2 a 1 no agregado.
Aos trancos e barrancos, longe de despertar o encantamento de outrora, as corintianas buscam o quinto título paulista para superarem as Sereias do Santos e se tornarem as maiores campeãs estaduais, assim como são os homens, com 30 títulos.
Apesar de terem vencido tudo o que disputaram nesta temporada, do tricampeonato da Supercopa do Brasil ao hexacampeonato do Brasileiro, passando pelo pentacampeonato da Libertadores, no estadual não entrarão como favoritas, assim como as esmeraldinas também não são.
Tomara que a casa verde encha como Itaquera tem enchido.
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