Fifa endurece punições para casos de racismo no futebol


Vinícius Junior  é um dos principais jogadores que lutam contra o racismo no futebol
Reprodução/Instagram @vinijr

Vinícius Junior é um dos principais jogadores que lutam contra o racismo no futebol

A Fifa publicou nesta quinta-feira (29) a nova versão do seu Código Disciplinar, com regras mais rígidas para combater o racismo no futebol. A atualização foi aprovada durante a reunião do Conselho da entidade neste mês.

Segundo a Fifa, as novas regras visam reforçar a luta contra a discriminação. O artigo 15, que trata especificamente de “Discriminação e Racismo”, incorpora o protocolo lançado no ano passado: o árbitro deve parar o jogo, depois suspender e, se necessário, encerrar a partida diante de casos de racismo.

“Racismo não é só um problema do futebol, é um crime. Por isso estamos trabalhando com governos e com a ONU para garantir que a luta contra o racismo seja parte da legislação criminal de cada país do mundo”, declarou o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

Agora, qualquer atleta ou participante pode indicar que foi vítima de ofensas racistas, o que obriga o árbitro a iniciar imediatamente o protocolo. Se os ataques persistirem, o juiz deve paralisar ou terminar o jogo.

O novo código também revisou as multas para casos de racismo. Clubes ou associações podem ser punidos com, no mínimo, 20 mil francos suíços (aproximadamente R\$ 137 mil) e sofrer restrição de público.

A multa máxima agora chega a 5 milhões de francos suíços, cerca de R\$ 34 milhões — um valor bem acima do que prevê outro artigo do código, que estabelece um teto de 1 milhão de francos suíços (R\$ 6,8 milhões) para a maioria das sanções financeiras.

Em casos de reincidência, as penalidades podem incluir: plano de prevenção, jogos sem público, dedução de pontos, expulsão de torneios ou até rebaixamento.

As associações-membros da Fifa terão até 31 de dezembro para adotar as novas regras em seus respectivos códigos.

A entidade também se deu o direito de intervir diretamente em federações que julgar ineficientes na aplicação dessas normas e pode recorrer ao CAS (Corte Arbitral do Esporte) quando considerar que houve decisões inadequadas.

Durante o Congresso da Fifa, neste mês, em Assunção (Paraguai), o presidente Gianni Infantino reforçou que o combate ao racismo é uma das prioridades da federação.

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