Felipe Massa comenta sobre amizade com Schumacher na Ferrari: ‘Relação que ele não tinha com os outros’


Em entrevista ao Pânico, o automobilista falou sobre proximidade com piloto alemão, promessas brasileiras para a Fórmula 1 e pressão nas corridas: ‘No Brasil, você tem a obrigação de vencer’

Reprodução/PânicoFelipe Massa, ex-piloto da Fórmula 1 e atual competidor da Stock Car, foi o convidado do programa Pânico desta quinta-feira, 14

Nesta quinta-feira, 14, o programa Pânico recebeu o piloto automobilístico Felipe Massa. Em entrevista, ele, que se aposentou da Fórmula 1 em 2017 e hoje faz parte da Stock Car, falou sobre a amizade que construiu com Michael Schumacher no período em que competia pela Ferrari. “O Schumacher era espetacular, eu cheguei numa situação diferente da de outros pilotos, eu era novinho, tinha uma relação muito próxima. Eu estava em todas as reuniões acompanhando ele e aprendendo. Ele era o professor, e eu, o aluno. Ele sempre entendeu essa situação e sempre acolheu. Foi muito carinho, tinha a cara fechada, mas não deixava de ter um carinho diferente. Ele disse para mim que estava se aposentando, mas que ficou feliz em saber que eu ficaria no lugar dele. Era uma relação diferente, que ele não tinha com os outros”. O automobilista ainda relembrou sua fase na Ferrari, da qual fazia parte quando foi vice-campeão mundial, em 2008. “Quando você entra na Ferrari, é uma religião, você faz parte daquela religião para sempre. Todo momento que você está lá, as pessoas querem te abraçar, tirar foto, é a tradição de virar um piloto da Ferrari.”

O Brasil passa por uma pausa de 13 anos sem aparecer no pódio da categoria. Sobre isso, Massa concluiu que o país não gera pilotos de competitividade na Fórmula 1 porque não há investimento nas categorias de base, mas acredita que a situação possa mudar no futuro, com apostas em jovens automobilistas que hoje competem nas Fórmulas 3 e 4. “Eu saí da Fórmula 1 em 2017 e não apareceu outro piloto para levantar nossa bandeira, isso tem a ver com o desenvolvimento dos pilotos, no kart e na categoria de base. Me preparei na categoria de base, fui para a Europa pronto, competitivo, vencendo a primeira corrida. Hoje em dia, não acontece. O piloto sai cru, chega lá e precisa de um ou dois anos para se adaptar. A Stock Car está lançando, vai começar a investir na categoria de base. É importante para preparar o piloto para fora. Existem dois nomes: Caio Collet, que corre de Fórmula 3, e o Rafael Câmara, que está saindo do kart e indo para a Fórmula 4. São nomes promissores.”

Felipe Massa desabafou sobre a pressão que sofreu nos seus anos competindo pela Fórmula 1. Segundo ele, os pilotos nem sempre competem pela vitória nas corridas. “Nunca me senti desvalorizado, senti que no Brasil é assim, no futebol, no automobilismo, você tem a obrigação de vencer, mas às vezes você fez uma corrida espetacular, não tem como ir além daquilo. Era como uma vitória, mas a reação era diferente. Às vezes, a obrigação e a pressão em certos esportes é elevada demais.”

Confira na íntegra a entrevista com Felipe Massa:

 





Fonte: Jovem Pan