Fãs de Maradona se mobilizam e cobram justiça: ‘Ele não morreu, foi morto’


Dalma e Gianinna Maradona, filhas do ex-jogador, e Claudia Villafañe, esposa de Diego Maradona entre 1989 e 2003, também marcaram presença no ato

Demian Alday Estevez/EFEFãs de Maradona se debruçam sobre o portão da Casa Rosada, onde foi realizado o velório do ídolo argentino Diego Armando Maradona

Centenas de fãs de Diego Armando Maradona foram ao emblemático Obelisco, em Buenos Aires, na última quarta-feira, 10, cobrar por justiça pelo ídolo, herói da seleção na Copa do Mundo de 1986 e tratado como “Deus” pelos amantes de futebol no país. Grupos como ‘Pueblo Maradoniano’, ‘Comando Maradona’ e ‘La Diego Maradona’ convocaram uma mobilização ao monumento para exigir justiça após a morte do ídolo, em 25 de novembro do ano passado, devido à uma parada cardiorrespiratória.

Dalma e Gianinna Maradona, filhas do ex-jogador, e Claudia Villafañe, esposa de Diego Maradona entre 1989 e 2003, também marcaram presença no ato. “Condenação social e judicial para os culpados”, dizia a bandeira levada pela família de Maradona, cuja morte está sendo investigada para determinar se houve negligência nos cuidados médicos. Gianinna Maradona, de 31 anos, usava uma camiseta branca estampada com a frase “Justiça por D10s”. Ela, a irmã e a mãe foram protegidas por poucos seguranças de uma empresa privada.

A chegada das filhas de Diego Maradona gerou tumulto porque tanto a imprensa como os fãs do ex-jogador queriam se aproximar. Menos de 15 minutos após a chegada delas, e devido à multidão de pessoas, Dalma e Gianinna Maradona e Claudia Villafañe deixaram a mobilização e foram seguidas pelas ruas adjacentes por alguns fãs que queriam demonstrar o afeto e tirar fotos com elas. A ex-mulher de Maradona Veronica Ojeda e o filho Diego Fernando Maradona, de oito anos, também participaram do ato. “Acredito nos juízes e sei que eles vão fazer as coisas bem feitas”, disse Ojeda em uma entrevista coletiva.

Os investigados pela justiça argentina são o neurocirurgião Leopoldo Luque, apontado como médico de família; a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Díaz, a médica Nancy Forlini, o coordenador de enfermagem Mariano Perroni e os enfermeiros Ricardo Almirón e Dahiana Gisela Madrid. Na segunda-feira passada, a Justiça formou uma junta médica que analisará, durante duas ou três semanas, se as pessoas investigadas proporcionaram um “atendimento médico deficiente”. A interdisciplinar será composta por dez peritos oficiais, incluindo médicos legistas, um cardiologista, dois psiquiatras, um toxicologista, um nefrologista e um hepatologista. Além disso, acrescentará especialistas dos suspeitos de maus cuidados médicos e dos familiares de Maradona.

*Com informações da Agência EFE





Fonte: Jovem Pan