Na noite de sábado, 5, o presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião via teleconferência do Conselho da Conmebol para discutir a realização da Copa América no Brasil. Neste domingo, a uma semana do início da competição, o grupo se reúne novamente para discutir os detalhes do evento.
Na teleconferência realizada ontem e que teve a participação de Rogério Caboclo, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Bolsonaro esteve durante alguns minutos e endossou seu apoio à realização do torneio no país, ainda que enfrente resistências principalmente de jogadores, que não confirmaram presença. Os líderes das seleções que estão convocadas aos jogos foram convidados a participar da reunião virtual, porém não aceitaram.
Apesar da confirmação de Bolsonaro e dos representantes das seleções sobre a realização da Copa América do Brasil e sobre sua segurança sanitária, o evento enfrenta uma série de protestos devido à Covid-19. A seleção brasileira é a principal opositora e, além de ser contra o Conmebol devido à atual crise sanitária que o país enfrenta, se depara com a acusação de uma funcionária da CBF contra Caboblo de recente de assédio sexual e moral.
O principal motivo para a organização persistir na realização do evento é, obviamente, financeiro. Na última edição da Copa América, realizada em 2019, foram 118,2 milhões de dólares de faturamento com bilheteria, publicidade, licenciamento e patrocínios, e 108 milhões de dólares em gastos. Para este ano, os custos estão em 637 milhões de reais e, no começo de 2021, a projeção de arrecadação estimada era de 641,5 milhões de reais.
Com o alto número de infectados pela Covid-19, no entanto, a presença de público ainda é incerta, o que pode impactar nas vendas de bilheteria, que são a principal fonte de renda do torneio. Em 2020, a Conmebol arrecadou 1,698 bilhões de reais, uma perda de 33% em relação ao ano anterior.
Fonte: Veja Esportes