Em novas gravações, Robinho ridiculariza caso de estupro: ‘Oito caras rangaram a mina’


O atacante também aconselhou seu amigo Ricardo Falco a retornar ao Brasil para não ser preso

Facebook/ReproduçãoRobinho foi condenado em segunda instância por ter participado de um estupro coletivo na Itália

A Corte de Apelação de Milão condenou na última quinta-feira, 10, o atacante Robinho em segunda instância por participar de um estupro coletivo contra uma albanesa, em uma boate na cidade de Milão, em 2013. Nesta sexta-feira, o “UOL” revelou novos trechos de conversas telefônicas, gravadas com autorização da Justiça italiana, entre o jogador e seu amigo Ricardo Falco, que também foi considerado culpado pelo Tribunal. Neles, o ex-Santos ridiculariza o caso e recomenda que seu companheiro retorne ao Brasil para evitar a prisão.

“Cara, você quer um conselho? Não vai nem lá, voltar pro Brasil, pelo menos tu não fica em cana (risos)”, falou o atacante, em conversa que teria acontecido cerca de um ano após o crime – a transcrição, por sua vez, foi anexada ao processo em 18 de novembro de 2020. “Se os caras mandarem eu ir lá depor vai ser foda, vou falar o que pra minha nega? Vou lá depor pra quê? Oito cara [sic] rangaram a mina… Ó que fase que eu tô”, completou Robinho, que teve o seu contrato com o Santos rescindido após as primeiras gravações sobre o episódio surgirem à tona.

De acordo com gravações telefônicas interceptadas pela Justiça italiana e relatos da vítima, Robinho e outros cinco amigos teriam abusado da jovem albanesa, que na época tinha 23 anos, enquanto ela estava completamente embriagada. Os outros quatro colegas do ex-atleta da seleção brasileira, porém, não foram processados porque estavam no Brasil, longe da jurisdição italiana. Em outras conversas obtidas pelas autoridades locais, reveladas pelo Ge.com em outubro, Falco comentou com Robinho. “Ela não conseguia fazer nada, nem mesmo ficar em pé e que estava realmente fora de si”.

À Jovem Pan, a advogada de Robinho, Marisa Alija afirmou que houve um sexo consensual entre Robinho e a vítima e cravou que o atacante não cometeu qualquer crime. “Ele é inocente e, consequentemente, não há provas. Em primeiro lugar, tenho a convicção de que ele é inocente. Não estaria representando ele se ele não fosse inocente, até porque é uma causa que comprometeria a minha própria carreira”, disse a representante, em outubro. “A própria sentença consta que está baseada porque a juíza entendeu o estado emocional da vítima e, segundo, por ela ter entendido que as conversas interceptadas mostra que a forma como as pessoas falaram da vítima é de maneira jocosa. Esse foi o embasamento da juíza. Eu não posso entrar no mérito. Sim, foi um sexo consensual, mas não da maneira como ela está relatando”, completou Marisa, que também alegou erros nas transcrições.

Robinho e Ricardo Falco foram condenados em segunda instância a nove anos de prisão. Os advogados da dupla, no entanto, entraram com recurso Corte de Cassação, uma espécie de Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil. Somente depois da condenação definitiva, eles poderão ser considerados culpados. Ontem, os representantes do jogador enviaram uma carta à imprensa reafirmando que a acreditam na inocência do atleta e que irão apresentar novas provas à Justiça. 

 





Fonte: Jovem Pan