Do campo, deu para entender o Catar | Placar


Cercado de Copa do Mundo por todos os lados, estava eu no gramado do Al Bayt Stadium para o jogo inaugural entre Catar e Equador e pude perceber como funciona o país quando tudo está concentrado na estreia da seleção nacional.

Assine #PLACAR digital no app por apenas R$ 9,90/mês. Não perca!

Ponto 1

O time não joga nada. Na cena da foto 1, Ahmed não sabe para quem bater o lateral. Detalhe, ninguém se apresentava ou gritava pedindo a bola. Aliás, taí um comportamento catari: eles são silenciosos.

/Ahmed perdidaço no olhar e no jogo
Ahmed perdidaço no olhar e no jogo Ricardo Corrêa/Placar

Ponto 2

Quem disse que a massa de trabalhadores de base não estava no jogo inaugural? Na foto 2, vemos o melhor exemplo. Todos, todos os serviços braçais são executados por imigrantes, trabalhadores oriundos de diversos países e continentes, especialmente da África, Filipinas, Nepal e Índia. Na torcida, não identifiquei sequer um deles.

Esses trabalham pelo Catar
Esses trabalham pelo Catar /Ricardo Corrêa/Placar

Ponto 3

O cataris não jogam nada e também não torcem nada. Os homens eram maioria no estádio, 90% vestindo seus tradicionais trajes brancos. Poucas mulheres, mas as que vi estavam em duplas assistindo aos jogos, e muitas com seus maridos e filhos. Na foto 3, uma família típica, rica, que veio assistir a partida. Faltando 15 minutos para acabar o jogo, esse núcleo da população já abandonava o estádio, como vemos na foto 4 os buracos deixados por eles nas cadeiras. Convenhamos, jogo de Copa não se abandona nem com paulada de 7 X 1! Já na foto 5, a “torcida” do catar que agitou o jogo inteiro – muito coreografada pra ser autêntica, fiquei com a impressão que contrataram uns argentinos pra puxar o coro, tudo muito certinho.

Continua após a publicidade

Família frequentando estádio,é tempo de Copa, não acostumem
Família frequentando estádio: é tempo de Copa, não acostumem /Ricardo Corrêa/Placar
Ânimo parecia bem remunerado
Os “torcedores cataris se empirulitaram bem cedo. Faltou ânimo /Ricardo Corrêa/Placar
Ânimo parecia bem remunerado
Ânimo parecia bem remunerado Ricardo Corrêa/Placar

Ponto 4

Se a Copa for uma bomba, já temos a foto 6 pra ilustrar. Agora, críticas merecidas a parte por todos os desrespeitos no Catar aos direitos civis e humanos, 99% dos jornalistas estão felizes com o esquema da Copa. Oito estádios numa cidade, tudo ao alcance do metrô, ou no máximo uma combinação com ônibus direto, com dois jogos por dia para ver presencialmente. É ruim a Copa no Catar… mas é bom!

A Copa está pegando fogo, literalmente
A Copa está pegando fogo, literalmente Ricardo Corrêa/Placar

 

 

 

Continua após a publicidade



Placar – Abril