Decisão da Champions deixa eleição de melhor do mundo em aberto – 09/05/2025 – Marina Izidro


É um tema que vira e mexe entra nas rodas de conversa: quem vai ser eleito melhor jogador do mundo?

Acontece especialmente ao fim da temporada europeia, quando um jogador está em uma fase excepcional, um clube conquista um campeonato ou é eliminado, ou depois da final da Liga dos Campeões.

Lembrando que existem duas premiações: a Bola de Ouro, concedida pela revista francesa France Football, e o prêmio The Best, da Fifa, cujo último vencedor é Vinicius Jr. Com a classificação, nesta semana, de PSG e Inter de Milão para a decisão da Champions, está difícil apontar um franco favorito.

Os nomes foram mudando nos últimos meses. Primeiro, Mohamed Salah. O atacante está em uma fase mágica no Liverpool, venceu a Premier League, já marcou 34 gols pelo clube na temporada. Ainda pode ser o segundo africano a ganhar a Bola de Ouro, depois de George Weah, em 1995. Mas, desde que o clube inglês foi eliminado da Liga dos Campeões, as chances dele diminuíram.

O mesmo aconteceu com Raphinha, artilheiro da competição europeia com 13 gols, ao lado de Serhou Guirassy. O Barcelona venceu a Copa do Rei e a Supercopa da Espanha e lidera La Liga, mas, ao sair da Champions nas semifinais, será que o brasileiro ainda pode levar um dos prêmios? Caso parecido com o do companheiro de clube Lamine Yamal. Aos 17 anos, vai conseguir provar que é o melhor, ou é muito jovem?

Será que, neste ano, a Liga dos Campeões não vai ajudar a definir o vencedor e um dos três pode levar?

Com a classificação do PSG para a decisão, após eliminar o Arsenal, o nome de Ousmane Dembélé ganhou força. O francês chegou ao clube em 2023, herdou a camisa 10 de Neymar e tem sido fundamental na campanha do time, finalmente mostrando seu potencial. Tudo bem que o Campeonato Francês é visto como “inferior” quando comparado a outras ligas europeias, mas não há como negar que o PSG tem um timaço. Já é campeão da Ligue 1 por antecedência e disputa também a decisão da Copa da França contra o Reims. Se conquistar a tríplice coroa, Dembélé ficará ainda mais em evidência? Ou o companheiro de time, o italiano Gianluigi Donnarumma, pode conseguir algo raríssimo: um goleiro ser eleito melhor jogador do planeta?

Alguns correm por fora, como Kylian Mbappé, que há anos persegue a honraria, ou Harry Kane (que finalmente ganhou o primeiro troféu, o da Bundesliga!). Kane é uma máquina de marcar gols e artilheiro do Campeonato Alemão na temporada, com 24. Mas prêmios não são feitos “apenas” de gols. No caso do francês, a fraca temporada do Real Madrid –para os padrões do clube– praticamente o coloca fora do páreo, assim como Vinicius Junior e Jude Bellingham.

Como nesta temporada não tem Copa do Mundo nem Copa América, a decisão será baseada apenas nas performances dos atletas por seus clubes. A nova e turbinada Copa do Mundo de Clubes, que será em junho e julho nos Estados Unidos, pode influenciar os votos.

Nas próximas semanas, com o fim dos campeonatos nacionais na Europa e a definição do campeão da Champions, o cenário deve ficar mais claro.

Com tantas possibilidades, ao menos saímos da previsibilidade da época de Lionel Messi versus Cristiano Ronaldo. A disputa ficou mais emocionante. Pelo menos por enquanto.

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Folha de S.Paulo