O jogador brasileiro Daniel Alves permanecerá, pelo menos, mais uma noite na prisão por ainda não ter depositado a fiança de um milhão de euros (R$ 5,5 milhões) determinada por um tribunal espanhol para conceder-lhe liberdade provisória enquanto os recursos de sua sentença por violação são resolvidos.
A defesa do ex-atleta, condenado no mês passado a quatro anos e meio de prisão, não conseguiu depositar a quantia antes das 14h (na Espanha), que é quando termina o prazo diário, informaram fontes jurídicas.
Alves terá que passar, portanto, pelo menos mais uma noite na prisão próxima a Barcelona onde está desde o final de janeiro de 2023.
A data de sua saída do centro dependerá de quando conseguir reunir a quantia estabelecida pelos juízes em sua decisão de quarta-feira, quando autorizaram sua liberdade provisória se depositar uma fiança de um milhão de euros.
Para que possa aguardar em liberdade até que sua sentença seja definitiva, o tribunal também impôs outras medidas como a retirada de seus dois passaportes, a obrigação de comparecer semanalmente no tribunal, não sair do território nacional ou a proibição de se aproximar da vítima.
A decisão dos juízes foi anunciada no dia seguinte à audiência em que a defesa do brasileiro havia pedido sua liberdade provisória enquanto os recursos de sua condenação eram avaliados, o que poderia levar meses, apesar da oposição da Promotoria e da acusação.
A advogada da vítima, Ester García, já anunciou que recorrerá da autorização para liberar o jogador e lamentou que “parece que está sendo feita uma justiça para ricos”.
Após um julgamento midiático, a Justiça da Espanha condenou no mês passado Alves a quatro anos e meio de prisão por ter violado uma mulher nos banheiros de uma discoteca na cidade de Barcelona no final de 2022.
A sentença, agora recorrida por todas as partes, também impôs a ele mais cinco anos de liberdade condicional, ordem de afastamento da vítima por nove anos e meio e o pagamento de uma indenização de 150 mil euros (R$ 816 mil).
