Corinthians melhora no segundo tempo, mas não sai do zero contra o Bahia


Sem Mosquito, liberado devido à morte do pai, Timão encontra dificuldades para levar perigo

Mauricia da Matta/W9 Press/Estadão ConteúdoO atacante Jô recebeu nova chance como titular do Corinthians no duelo com o Bahia

O Corinthians continua sofrendo com a inoperância de seu sistema ofensivo. Sem Mosquito, fora do jogo por causa da morte do pai, e Luan, que não do banco de reservas, o Timão ficou no 0 a 0 com o Bahia neste domingo, 20, em Salvador, numa partida em que, após um primeiro tempo ruim, criou várias chances de gol na etapa final, mas não teve competência para marcar. Mesmo mal que ao menos somou um pontinho depois de ter perdido as quatro partidas anteriores na casa do rival baiano. O time chegou a cinco pontos no Campeonato Brasileiro e na quarta-feira recebe o Sport. O Bahia soma oito pontos.

Corinthians e Bahia fizeram um tempo bastante morno. As duas equipes pecaram pela falta de criatividade e, sobretudo, por não serem objetivos. Durante a etapa, por várias vezes foi possível observar um time tocando a bola de um lado para o outro, trocando passes na defesa ou do meio-campo, sem tentar a penetração. Sylvinho está conseguindo deixar o Alvinegro mais compacto em campo, mas não resolveu a inoperância do ataque, muito por falta de bons jogadores. O time tem como principal jogada ofensiva as investidas pelo lado direito. Ramiro até tentou fazer o papel de Mosquito, sem sucesso. No lado esquerdo, Mateus Vital foi pouco acionado. E as infiltrações de Roni ou Gabriel pelo meio também não ocorreram com constância.

Dentro desse panorama, os dois centroavantes, Gilbert e Jô, foram figuras decorativas na primeira etapa. E os goleiros Cássio e Matheus Teixeira praticamente não trabalharam. Diante de um primeiro tempo tão pobre, o chute de Fagner aos 30 segundos da etapa final, que saiu desviado a escanteio, deu esperança de melhora da partida. Mesmo porque os dois treinadores pediram a seus times mais velocidade. De fato, o confronto ficou mais movimentado, e o Corinthians cresceu. Com mais volume, criou chance com Gil de cabeça, aos 4 minutos (a bola foi para fora), Mateus Vital, aos 9 (chutou por cima do gol) e Ramiro, novamente de cabeça, aos 11 (Matheus Teixeira evitou o gol com grande defesa). A partir daí, o Bahia voltou a equilibrar a partida. Adiantou o time e passou a incomodar a defesa corintiana. Jô, que recebeu nova chance como titular, só não marcou aos 21 porque Renan Guedes conseguiu desviar a bola antes. Pouco depois, o árbitro Bruno Arleu foi chamar para ir à cabine do VAR, mas não viu pênalti em cima do corintiano Vitinho. No fim, Cássio evitou gol de Thonny Anderson.





Fonte: Jovem Pan