Corinthians emite nota após polícia ligar dirigentes a criminosos


Corinthians emite nota após polícia ligar dirigentes a criminosos
Foto: Site oficial

Corinthians emite nota após polícia ligar dirigentes a criminosos

O Corinthians se pronunciou, nesta quinta-feira (15), sobre a  investigação da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, que apontou uma ligação entre dirigentes do clube e o crime organizado, ao rastrear as movimentações financeiras do contrato (já rescindido) entre o Corinthians e a “Vai de Bet”, em 2024.

Confira abaixo o posicionamento oficial da equipe paulista:

“Corinthians apoia investigações e reforça transparência.

O Sport Club Corinthians Paulista informa que, até o momento, não há qualquer demonstração de autoria relacionada aos fatos mencionados. O presidente do Clube reafirma seu total apoio às investigações em andamento, bem como a todas as iniciativas que visem apurar eventuais envolvimentos do crime organizado no futebol brasileiro.O Corinthians destaca que é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O Clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais, prezando pela transparência e integridade em suas operações.O Corinthians reitera seu compromisso com a transparência, a responsabilidade e a justiça no esporte, apoiando todas as medidas necessárias para garantir a lisura das competições e combater práticas ilícitas no futebol”, escreveu o clube.

Entenda o caso

Segundo informações divulgadas pelo SBT, as investigações promoveram diversas quebras de sigilos bancários, por meio das quais foi possível identificar as contas por onde passou o valor de R$ 1,4 milhão, que foi pago de maneira ilegal, como uma forma de comissão, na época.

O valor, que saiu de uma conta do  Corinthians,  trilhou diversos destinos bancários, até chegar a uma conta delatada pelo empresário  Vinícius Gritzbach  ao Ministério Público. Vale lembrar que Vinicius foi executado no aeroporto internacional de Guarulhos, em plena luz do dia, a mando do crime organizado, em novembro de 2024.

Um Relatório Técnico de Análise de Dados Financeiros e Bancários revelou que tal desvio (R$ 1,4 milhão) foi feito em duas parcelas de R$ 700 mil cada, em março do ano passado.

O valor foi recebido em contas bancárias da empresa Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, um dos apoiadores de Augusto Melo na época das eleições do Clube do Parque São Jorge.

Em seguida, parte da quantia foi transferida pela empresa de Cassundé até a Neoway Soluções Integradas, em dois repasses de R$ 580 mil e R$ 462 mil.

A Neoway é uma organização apontada como fictícia. Ela estava registrada como posse de uma jovem de 23 anos, moradora de Peruíbe, litoral de São Paulo, que teve o nome usado como “laranja” nas operações.

A empresa fantasma chegou a fazer também transferências de altas cifras: R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que por sua vez, repassou novamente os valores, em três transferências que somaram R$ 874.150 para a UJ Football Talent Intermediação.

Esta última companhia chegou a ser citada por Vinícius Gritzbach, como parte do acordo de delação, junto à Promotoria.

Gritzbach declarou à Justiça que a UJ pertencia a Danilo Lima, o “Tripa”, que foi investigado pelo sequestro de Vinícius Gritzbach, ocorrido em 2022.

Cabe destacar que para os investigadores, os crimes de furto qualificado e lavagem de dinheiro ficaram evidenciados após a quebra dos sigilos bancários.

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