Conheça os medalhistas do Brasil na Paralimpíada de Tóquio

Entre a noite de quarta-feira e a manhã de quinta, 2 de setembro, os atletas brasileiros conquistaram mais seis medalhas ―quatro de ouro, uma de prata e uma de bronze. No Japão, a delegação brasileira soma 19 medalhas de ouro, além de 13 pratas e 22 bronzes. A três dias do fim, este resultado parical é o segundo melhor da história do país em uma Paralimpíada.

Por enquanto, está abaixo apenas do desempenho de Londres 2012, que teve 21 medalhas de ouro para os brasileiros. Garantiram pódios ao Brasil os esportistas paralímpicos que competem em modalidades diversas do atletismo, natação, tênis de mesa, esgrima, hipismo, judô, remo, halterofilismo, bocha e parataekwondo.

A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é manter o Brasil entre os 10 países com mais medalhas pela quarta edição consecutiva ―o país estreou nas Paralimpíadas em 1972 (a competição foi criada em 1960). Nesta quarta, a delegação brasileira mantinha o país na sexta colocação no quadro geral de medalhas, atualizado diariamente. O centésimo ouro da história do Brasil veio com o corredor Yeltsin Jacques nos 1.500m da classe T11 (para atletas cegos). Foi a segunda medalha de ouro do atleta natural de Campo Grande em Tóquio. A atleta mais vencedora nesta edição é a nadadora Carol Santiago, que fechou sua participação na natação com três ouros, uma prata e um bronze.

Conheça os medalhistas brasileiros paralímpicos da Tóquio 2020

Atletismo

Recheado de provas, o atletismo é o carro-chefe do Brasil nas Paralimpíadas. É o esporte onde o país tradicionalmente mais conquistas medalhas, e em Tóquio não está sendo diferente. O esporte é dividido entre provas de pista (que usam nas classes funcionais a sigla com T, de track) e de campo (que usam a letra F, de field).

Na pista, as provas T11 a T13 são com deficientes visuais; T20 para deficientes intelectuais; T31 a T38 para paralisados cerebrais; T40 e T41 para baixa estatura; T42 a T44 para deficientes de membro inferior que não utilizam prótese; T45 a T47 para deficiências no membro superior; T51 a T54 para quem compete em cadeira de rodas; e T61 a T64 para amputados de membro inferior que utilizam prótese.

O campo segue uma lógica parecida: F11 a F13 para deficientes visuais; F20 para deficientes intelectuais; F31 a F38 para paralisados cerebrais; F40 e F41 para baixa estatura; F42 a F44 para deficientes de membro inferior; F45 e F46 para deficiências nos membros superiores; F51 a F57 competem em cadeira de rodas; e F61 a F64 para quem compete com prótese no lugar de membro inferior amputado. Conheça os atletas brasileiros que garantiram medalha nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020.

O campeão paralímpico Yeltsin Jacques com o atleta-guia Carlos Antonio dos Santos celebram a segunda medalha de ouro do corredor nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
O campeão paralímpico Yeltsin Jacques com o atleta-guia Carlos Antonio dos Santos celebram a segunda medalha de ouro do corredor nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.ATHIT PERAWONGMETHA / REUTERS

Yeltsin Jacques, medalha de ouro nos 5.000m T11 e nos 1.500m T11- O sul-matogrossense Yeltsin Jacques, de 30 anos, levou o ouro com o tempo de 15min13s62 na prova dos 5.000m da classe T11. Sua estratégia vencedora teve o apoio de dois atletas-guia durante a prova para deficientes visuais, Laurindo Nunes Neto e Carlos Antônio dos Santos, o Bira. Na noite desta segunda-feira, novamente com o guia Bira, Yeltsin Jacques conquistou mais um ouro, desta vez nos 1.500m T11, e estabeleceu a marca de 100 primeiros lugares para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos.

Beth Gomes bate o recorde mundial e fatura a medalha de ouro em Tóquio.
Beth Gomes bate o recorde mundial e fatura a medalha de ouro em Tóquio.WANDER ROBERTO/CPB

Beth Gomes, ouro no lançamento de disco classe F52 – A atleta paulista de 56 anos subiu ao lugar mais alto do pódio ao obter a marca de 17,62m, novo recorde mundial da prova de disco classe F52 (para atletas que competem sobre cadeira de rodas). As ucranianas Iana Lebiedieva (15m48 e Zoia Ovsii (14m37 completaram o pódio.

Claudiney Batista dos Santos, medalhista de ouro no lançamento de disco
Claudiney Batista dos Santos, medalhista de ouro no lançamento de discoMIRIAM JESKE/CPB

Claudiney Batista, medalha de ouro no lançamento de disco na classe F56 – O mineiro, que já era recordista mundial e paralímpico, confirmou o favoritismo e superou sua própria marca no Japão, garantindo mais um ouro para a delegação brasileira no atletismo. É o segundo ouro paralímpico de Claudiney Batista, que foi campeão nos Jogos Rio 2026. Em Tóquio, o atleta quebrou o seu recorde ao atingir a marca de 45,59m. O indiano Yogesh Kathuniya ficou com a prata (44m38, e o cubano Leonardo Aldana Diaz, com bronze (43m36).

Silvânia comemora o ouro com seus guias.
Silvânia comemora o ouro com seus guias.KAZUHIRO NOGI / AFP

Silvânia Costa, medalha de ouro no salto em distância T11 – A segunda final do primeiro dia de atletismo também terminou com o hino nacional brasileiro. A mineira Silvânia Costa, de 34 anos, garantiu o bicampeonato paralímpico no salto em distância da classe T11, para deficientes visuais. E foi com emoção: Costa, que foi ouro na Rio 2016 enquanto estava grávida, queimou as duas primeiras tentativas e foi mal nas duas seguintes. Apenas no quinto e penúltimo salto, a brasileira cravou 5,00 metros no salto, que lhe deu o primeiro lugar. A uzbeque Asila Mirzayorova (4m91) ficou com a prata e a ucraniana Yuliia Pavlenko (4m86) levou o bronze.

Petrúcio posa ao lado do novo recorde paralímpico.
Petrúcio posa ao lado do novo recorde paralímpico.WANDER ROBERTO/CPB

Petrúcio Ferreira, medalha de ouro nos 100m rasos T47  O raio vindo de São José do Brejo do Cruz, da Paraíba, caiu em Tóquio. Petrúcio Ferreira foi bicampeão paralímpico nos 100m rasos da classe T47, para amputados do membro superior, aos 24 anos. O homem que detém o título de mais veloz do atletismo paralímpico venceu sua prova com um novo recorde da competição, com 10s53. Michel Derus, da Polônia, fez 10s61 e levou a prata. O brasileiro Washington Júnior fechou o pódio com 10s68.

Wallace arremessou para a medalha de ouro e o recorde mundial.
Wallace arremessou para a medalha de ouro e o recorde mundial.WANDER ROBERTO/CPB

Wallace Santos, medalha de ouro no arremesso de peso F55 – O quarto ouro no primeiro dia do atletismo veio pelas mãos do carioca Wallace Santos, de 37 anos, e com direito a recorde mundial. O brasileiro arremessou para 12m63 em sua última tentativa e alcançou a melhor marca da história da modalidade. Aí foi só esperar a vez dos adversários, que não chegaram perto. Ruzhdi Ruzhdi da Bulgária levou a prata com 12m19 e o polonês Lech Stoltman (12m15) completou o pódio.

Alessandro Silva arremessa o peso e conquista a medalha de prata em Tóquio. Ele foi campeão paralímpico na Rio 2016.
Alessandro Silva arremessa o peso e conquista a medalha de prata em Tóquio. Ele foi campeão paralímpico na Rio 2016. MOLLY DARLINGTON / REUTERS

Alessandro Silva, medalha de ouro no lançamento de disco F11 e prata no arremesso de peso F11 – O arremessador paulista, natural de Santo André, começou nos Jogos ganhando uma prata no arremesso de peso, que não é sua especialidade. E, quando voltou ao estádio olímpico de Tóquio, garantiu o bicampeonato paralímpico no lançamento de disco. Ele já tinha vencido um ouro em 2016. Sua vitória veio numa prova dominada pelo brasileiro, que fez as cinco melhores marcas da final em seis lançamentos. Alessandro também quebrou o recorde paralímpico lançando para 43m16.

O velocista Vinícius Rodrigues (à esquerda), medalha de prata nos 100m da classe T63, na prova em que foi o segundo colocado em Tóquio.
O velocista Vinícius Rodrigues (à esquerda), medalha de prata nos 100m da classe T63, na prova em que foi o segundo colocado em Tóquio.WANDER ROBERTO/CPB

Vinícius Rodrigues, medalha de prata nos 100m da classe T63 – O velocista de 26 anos garantiu uma prata nos 100m da classe T63 (para amputados de membros inferiores com prótese), com o tempo de 12s05, apenas um centésimo atrás do atleta do Comitê Paralímpico Russo, Anton Prokhorov, ouro ao cravar 12s04 e bater o recorde paralímpico da prova. Leon Schaeffer (12s22), da Alemanha, completou o pódio.

A vice-campeã paralímpica Raissa Rocha Machado, medalha de prata no lançamento de dardo da classe F56 em Tóquio.
A vice-campeã paralímpica Raissa Rocha Machado, medalha de prata no lançamento de dardo da classe F56 em Tóquio.PHILIP FONG / AFP

Raissa Rocha Machado, prata no lançamento de dardo F56 – A atleta baiana subiu ao pódio após bater a marca de 24m39. Na prova para cadeirantes, Raissa foi superada apenas pela iraniana Hashemiyeh Motaghian Moavi, que bateu o recorde mundial da prova com 24m50. Diana Dadzite, da Letônia, levou o bronze com 24m22.

Thalita com seu guia, Felipe Veloso da Silva.
Thalita com seu guia, Felipe Veloso da Silva.IVAN ALVARADO / REUTERS

Thalita Simplício, a prata nos 400m da classe T11 – A atleta de 24 anos, natural de Natal (Rio Grande do Norte), conquistou uma medalha de prata para o Brasil na classe T11 dos 400m, fechou a final com o tempo de 56s80, fazendo o seu melhor tempo na carreira. Ela chegou 55 centésimos atrás da chinesa Cuiqing Liu (56s25), que bateu o recorde paralímpico. A potiguar nasceu com glaucoma e tornou-se totalmente cega aos 12 anos. Aos 15 anos que começou a praticar atletismo. Esta foi a segunda medalha da potiguar em Jogos Paralímpicos ―ela também foi prata nos Jogos Rio 2016 (revezamento 4x100m).

Marivana da Nóbrega na prova de lançamento de disco para quem tem paralisia cerebral.
Marivana da Nóbrega na prova de lançamento de disco para quem tem paralisia cerebral.WANDER ROBERTO/CPB

Marivana da Nóbrega, medalha de prata no arremesso de peso F35 – A atleta de 30 anos, natural de Maceió, já tinha sido bronze na Rio 2016, e voltou a uma Paralimpíada para ficar com a prata ao lançar na marca de 9m15. O ouro ficou com a ucraniana Mariia Pomazan (12,24m) e o bronze com a cazaque Anna Luxova (8,60m).

A corredora brasileira Jardênia Felix Barbosa da Silva celebra o terceiro lugar e o bronze nos 400m livre nesta terça-feira.
A corredora brasileira Jardênia Felix Barbosa da Silva celebra o terceiro lugar e o bronze nos 400m livre nesta terça-feira.BERNADETT SZABO / REUTERS

Jardênia Felix, medalha de bronze nos 400m da classe T20 – Aos 17 anos, a velocista que estreou nesta paralimpíada marcou 57s43 na prova e conquistou sua primeira medalha, um bronze. O ouro ficou com a americana Breanna Clarke, que cravou o novo recorde mundial da prova com 55s18. Yulia Shuliar, da Ucrânia, foi prata com 56s18.

Washington foi bronze na mesma prova que Petrúcio venceu.
Washington foi bronze na mesma prova que Petrúcio venceu.ALE CABRAL/CPB

Washington Júnior, bronze nos 100m rasos T47 – A primeira dobradinha brasileira na Paralimpíada aconteceu não só graças a Petrúcio, mas também a Washington Júnior, que fechou a prova vencida pelo colega em terceiro lugar com o tempo de 10s68. O carioca de 24 anos, que foi vice-campeão mundial em 2019, estreou em finais paralímpicas com a melhor largada entre os competidores, e acabou ultrapassado apenas pelo bicampeão Petrúcio Ferreira (10s53) e pelo polonês Michel Derus (10s61).

João Victor foi bronze no arremesso de peso.
João Victor foi bronze no arremesso de peso.ALE CABRAL/CPB

João Victor Teixeira, bronze no arremesso de peso F37 – Carioca de 27 anos, João Victor Teixeira arremessou para 14m45 e levou o bronze na categoria para atletas com paralisia cerebral. Ouro para o russo Albert Khinchagov, com 15m78 e prata para o tunisiano Ahmed Ben Moslah, com 14m50.

A atleta Julyana Cristina da Silva, medalha de bronze no arremesso de disco.
A atleta Julyana Cristina da Silva, medalha de bronze no arremesso de disco.WANDER ROBERTO/CPB

Julyana da Silva, medalha de bronze no lançamento de disco na classe F57 – A carioca Julyana da Silva, 26 anos, conquistou o bronze no lançamento de disco F57, ao marcar 30m49 no arremesso. Ficou atrás somente da uzbeque Mokhigul Khamdamova, com 31m46; e da argelina Nassima Saifi, com 30m81. A atleta, que nasceu com uma má formação congênita na perna direita (que teve de ser amputada), começou a competir aos 16 anos. Na mesma prova, Tuany Siqueira ficou na 11ª posição (21m30).

O medalhista Cícero Nobre, que conquistou a prata no lançamento de Dardo.
O medalhista Cícero Nobre, que conquistou a prata no lançamento de Dardo.WANDER ROBERTO/CPB

Cícero Nobre, medalha de bronze no lançamento de dardo da classe F5 – O atleta bateu um recorde paralímpico neste sábado e garantiu o pódio, mas acabou sem a prata e o ouro após os adversários azeri Hamed Heidari e do iraniano Amanolah Papi também quebrarem recordes paralímpicos na classe F5 do lançamento de dardo. O bronze na Tóquio 2020 é a primeira medalha paralímpica de Cícero Nobre.

Mateus Evangelista foi bronze no salto em distância.
Mateus Evangelista foi bronze no salto em distância.ALE CABRAL/CPB

Mateus Evangelista, bronze no salto em distância T37 – O salto de 6m05 garantiu ao brasileiro de Porto Velho, de 27 anos, o terceiro lugar na prova de salto em distância. Ele tem o lado direito do cérebro comprometido por falta de oxigenação no parto. O ouro ficou com o ucraniano Vladyslav Zahrebelnyi, que fez 6,59m. Já a prata foi para o argentino Lionel Impellizzeri, com 6,44m.

Natação

A natação (juntamente com o atletismo) é uma das modalidades em que os esportistas brasileiros despontam entre os favoritos em várias classes. Pela regra do Comitê Paralímpico Internacional, a natação paralímpica tem 14 categorias funcionais para abranger todas as PcDs (pessoas com deficiência). Atletas com deficiências motoras competem nas categorias S1 a S10; deficiências visuais estão contempladas nas categorias S11 a S13; e esportistas com deficiência intelectual ficam na S14.

Carol Santiago celebra a medalha de ouro conquistada nos 100m livre da classe S12, nesta terça-feira, no Centro Aquático de Tóquio.
Carol Santiago celebra a medalha de ouro conquistada nos 100m livre da classe S12, nesta terça-feira, no Centro Aquático de Tóquio.IVAN ALVARADO / REUTERS

Maria Carolina Santiago, medalha de ouro nos 50m livre S13, ouro nos 100m livre S12, ouro nos 100m peito SB12, prata no revezamento 4x100m livre misto e bronze nos 100m costas na classe S12 – Na sua estreia paralímpica, a pernambucana de 36 anos já se tornou a mulher brasileira mais premiada em uma edição dos Jogos. Competindo nas classes para atletas de baixa visão, ela venceu as provas 50m livre, 100m livre e 100m peito, batendo o recorde paralímpico na primeira (26s82) e na última (1min14s89). Também conquistou a prata no revezamento 4x 100m livre misto ao lado de Wendell Belarmino, Douglas Matera e Lucilene Sousa e o bronze nos 100m costas S12.

Gabriel Bandeira celebra o ouro nos 100m borboleta classe S14.
Gabriel Bandeira celebra o ouro nos 100m borboleta classe S14.MOLLY DARLINGTON / REUTERS

Gabriel Bandeira, ouro nos 100m borboleta S14, prata nos 200m livre S14, prata nos 200m medley S14 e bronze no revezamento 4x100m livre misto – Aos 21 anos, o paulista garantiu ao Brasil o primeiro ouro na Paralimpíada de Tóquio em sua estreia. O nadador foi o primeiro colocado nos 100m borboleta da classe S14 (categoria que estreou nesta edição) e ainda marcou um novo recorde, ao concluir a prova aos 54s76. “Minha vida na natação paralímpica só está começando. Isso é só o começo”, previu Bandeira em entrevista ao SporTV após o ouro. E estava certo: dois dias depois, levou a prata nos 200m livre da mesma categoria, com 1min52s74. No sábado, conquistou sua terceira medalha, um bronze, com a equipe de revezamento 4x100m livre misto S14 da natação. E, nesta terça, foi prata nos 200m medley S14.

Wendell Belarmino levou o ouro nos 50m livre para deficientes visuais.
Wendell Belarmino levou o ouro nos 50m livre para deficientes visuais.MARKO DJURICA / REUTERS

Wendell Belarmino, medalha de ouro nos 50m livre da classe S11 e prata no revezamento 4x100m livre misto – O brasiliense de 23 anos chegou aos Jogos de Tóquio dizendo que queria “se divertir e chegar ao pódio”, e acabou levando uma medalha de ouro da natação em sua primeira final paralímpica da vida. Wendell Belarmino marcou 26s03 nos 50m livre para deficientes visuais da classe S11, deixando para trás o chinês Dongdong Hua (26s18) e o lituano Edgaras Matakas (26s38). Na terça, o Brasil foi vice-campeão no revezamento 4x100m livre misto com Wendell Belarmino, Carol Santiago, Douglas Matera e Lucilene Sousa.

Gabriel Araújo conquistou um ouro neste domingo, dias após levar a medalha de prata.
Gabriel Araújo conquistou um ouro neste domingo, dias após levar a medalha de prata. LISI NIESNER / REUTERS

Gabriel Araújo, medalha de prata nos 100m costas, ouro nos 200m livre e ouro nos 50m costas da classe S2 – Foi do atleta mineiro de 19 anos a primeira medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Araújo celebrou a prata nos 100m costas com uma dancinha no pódio e prometeu repetir a coreografia nas outras vitórias que ainda espera celebrar no Japão. “Se tem pódio, se tem Gabriel, tem dancinha”, disse ao conquistar a prata. Neste domingo (29), Gabrielzinho ampliou a coleção de medalhas, surpreendeu e garantiu um inédito ouro nos 200m livre da classe S2, após completar a prova em 4min06s52. Em sua terceira participação, o brasileiro garantiu mais uma medalha de ouro ao vencer os 50m costas com o tempo de 53s96.

Talisson Glock conquistou três medalhas, uma delas de ouro.
Talisson Glock conquistou três medalhas, uma delas de ouro.MIRIAM JESKE/CPB

Talisson Glock, bronze no revezamento 4x50m livre, bronze nos 100m livre e ouro nos 400m livre S6 – Depois de ficar em terceiro numa prova coletiva e numa prova individual, o catarinense de 26 anos conquistou sua primeira medalha de ouro da carreira ao vencer os 400m livre S6, classe para deficientes funcionais, com o tempo de 4min54s42.

Wendell Belarmino, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Maria Carolina Santiago conquistam a prata na final do 4x100m livre.
Wendell Belarmino, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Maria Carolina Santiago conquistam a prata na final do 4x100m livre.MIRIAM JESKE/CPB

Wendel Belarmino, Douglas Matera, Lucilene da Silva Sousa e Carol Santiago, prata no revezamento 4x100m livre misto – Na prova disputada entre deficientes visuais, o Brasil terminou em segundo lugar com o tempo de 3min54s95. A modalidade é disputada de forma que a soma entre as classes seja igual ou menor que 49 pontos. Por isso, os representantes brasileiros escolhidos foram Wendell (S11), Douglas (S13), Lucilene (S12) e Carol (S12).

Cecilia Araujo foi prata nos 100m livre.
Cecilia Araujo foi prata nos 100m livre.ALE CABRAL/CPB

Cecília Araújo, prata nos 50m livre S8 – Aos 22 anos, a potiguar de Natal conquistou sua primeira medalha paralímpica na classe para deficientes funcionais ao bater em segundo lugar nos 50m livre, com 30s83. Ela ficou atrás da russa Viktoriia Ishchiulova, com 29s91, e à frente da italiana Xenia Francesca Palazzo (31s17).

Daniel Dias, medalha de bronze nos 200m livre da classe S5.
Daniel Dias, medalha de bronze nos 200m livre da classe S5.MOLLY DARLINGTON / REUTERS

Daniel Dias, medalha de bronze nos 200m livre S5, bronze nos 100m livre S5 e bronze no revezamento 4x50m livre – O maior atleta paralímpico brasileiro de todos os tempos encerrou sua carreira com três bronzes em Tóquio 2020. Aos 33 anos, o paulista de Campinas chegou em terceiro nos 200m livre, nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre, ao lado de Joana Silva, Patrícia dos Santos e Talisson Glock, todos na classe para deficientes funcionais. São 27 pódios na galeria de Daniel Dias, com 14 ouros, sete pratas e seis bronzes em quatro Jogos Paralímpicos. Ele se despediu com um quarto lugar nos 50m livre S5. “Acabou, mas estou feliz! Só tenho que agradecer a Deus pelo dom que me deu. Agradecer minha família. A cada braçada é para eles. O papai está chegando em casa. Se eu escrevesse isso não seria tão perfeito como foi. Não é choro de tristeza. Estou muito feliz. Mas é uma vida dedicada a isso aqui”, se emocionou após a última prova.

Phelipe Rodrigues celebra a 8ª medalha paralímpica de sua carreira, um bronze nos 50m categoria S10.
Phelipe Rodrigues celebra a 8ª medalha paralímpica de sua carreira, um bronze nos 50m categoria S10.ALE CABRAL/CPB

Phelipe Rodrigues, bronze nos 50m livre S10 – O pernambucano natural de Recife, de 30 anos, garantiu a terceira melhor marca na prova (23s50) e, em Tóquio, conquistou a 8ª medalha paralímpica de sua carreira. O ouro ficou com o australiano Rowan Crothers (23s21), e a prata foi para o ucraniano Maksym Krypak (23s33).

A nadadora mineira Mariana Gesteira Ribeiro, que conquistou um bronze nos 100m livre S9 nesta terça.
A nadadora mineira Mariana Gesteira Ribeiro, que conquistou um bronze nos 100m livre S9 nesta terça.WASHINGTON ALVES/EXEMPLUS/CPB / WASHINGTON ALVES/EXEMPLUS/CPB

Mariana Gesteira Ribeiro, bronze nos 100m livre S9 – A atleta de 26 anos natural de Itaboraí (RJ) conquistou um bronze nesta terça-feira, 31 de agosto, após bater a terceira melhor marca na piscina. Foi o primeiro pódio paralímpico de Mariana, que terminou atrás da espanhola Marta Infante e da russa Nataliia Butkova na prova para deficientes funcionais. Com 1m01s82, a brasileira terminou três centésimos a frente da quarta colocada.

Patrícia, Daniel, Joana e Talisson no pódio com a medalha de bronze.
Patrícia, Daniel, Joana e Talisson no pódio com a medalha de bronze.MARKO DJURICA / REUTERS

Daniel Dias, Joana Neves, Patrícia Pereira e Talisson Glock, bronze no revezamento 4x50m livre misto – A natação deu a primeira medalha coletiva ao Brasil no revezamento 4x50m livre misto. Nesta categoria, a soma dos números das categorias do atleta tem que ser igual ou menor que 20. Por isso, a equipe competiu com Patrícia (S4), Daniel (S5), Joana (S5) e Talisson (S6), nesta ordem. Os brasileiros fecharam em terceiro com uma ótima recuperação no final, terminando sete centésimos a frente da Ucrânia. O ouro ficou com a China, que quebrou o recorde mundial, e a prata com a Itália.

Gabriel Bandeira, Ana Karolina Soares de Oliveira, Beatriz Borges Carneiro e Felipe Vila Real, medalhistas de bronze no revezamento.
Gabriel Bandeira, Ana Karolina Soares de Oliveira, Beatriz Borges Carneiro e Felipe Vila Real, medalhistas de bronze no revezamento.MARKO DJURICA / REUTERS

Gabriel Bandeira, Ana Karolina Oliveira, Debora Carneiro e Felipe Vila, bronze no 4x100m livre misto S14 – O grupo de nadadores brasileiros garantiram ao Brasil a 10ª medalha da natação, ao marcarem 3min51s23 na piscina neste sábado. Eles ficaram, inicialmente, em quarto lugar, mas levaram o bronze com a desqualificação dos russos. Britânicos levaram o ouro e austrlianos ficaram com a prata.

Medalha de bronze neste domingo, a nadadora brasileira Beatriz Borges Carneiro abraça a irmã gêmea, Debora, que ficou em quarto, e a espanhola Michelle Alonso Morales, que levou o ouro.
Medalha de bronze neste domingo, a nadadora brasileira Beatriz Borges Carneiro abraça a irmã gêmea, Debora, que ficou em quarto, e a espanhola Michelle Alonso Morales, que levou o ouro.LISI NIESNER / REUTERS

Beatriz Borges Carneiro, medalha de bronze nos 100m peito classe SB14 – A atleta natural de Maringá (PR) terminou a prova em terceiro lugar na madrugada deste domingo (29) e garantiu mais um bronze para a natação paralímpica brasileira. A nadadora cravou 1min17s61 nos 100m peito classe SB14 e por pouco a irmã gêmea, Debora, não dividiu o pódio com ela. Debora terminou a prova na quarta colocação, apenas dois centésimos atrás de Beatriz.

Tênis de Mesa

São 11 categorias paralímpicas no tênis de mesa, sendo 10 para deficientes físicos e uma para deficientes intelectuais. Da 1 a 5 competem atletas cadeirantes, e da 6 a 10 entram os atletas andantes.

Bruna Costa Alexandre, medalha de prata no tênis de mesa na classe T10 (para atletas andantes).
Bruna Costa Alexandre, medalha de prata no tênis de mesa na classe T10 (para atletas andantes).IVAN ALVARADO / REUTERS

Bruna Alexandre, prata no tênis de mesa na classe 10 e bronze na competição por equipes – A esportista de 26 anos, natural de Santa Catarina, foi prata no tênis de mesa da classe 10 (para atletas andantes) na manhã desta segunda-feira. O ouro ficou com a chinesa naturalizada australiana Qian Yang, por 3 sets a 1). Ela ainda ficou com o bronze na competição por equipes ao lado de Danielle Rauen e Jennyfer Parinos.

Atleta Cátia Oliveira na semifinal da classe 1-2 do tênis de mesa.
Atleta Cátia Oliveira na semifinal da classe 1-2 do tênis de mesa.ROGÉRIO CAPELA / CPB

Cátia Oliveira, bronze pela classe 2 do tênis de mesa – A paulista de Cerqueira César conquistou o bronze após uma acirrada disputa na qual a sul-coreana Seo Su Yeon, atual campeã mundial e vice-campeã paralímpica, saiu vencedora por 3 sets a 1. “Eu tentei levar este ouro para o Brasil, mas estou muito feliz com o bronze. Em nenhum momento, fiquei com medo de perder. Vim para Tóquio e representei o meu país. Esta medalha é de todos”. A mesatenista brasileira perdeu os movimentos das pernas em 2007, quando sonhava em representar o Brasil no futebol. No tênis de mesa, garantiu sua primeira medalha paralímpica.

Danielle, Bruna e Jennyfer, equipe brasileira bronze em Tóquio.
Danielle, Bruna e Jennyfer, equipe brasileira bronze em Tóquio.FABIO CHEY / MATSUI MIKIHITO

Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos, bronze na competição feminina por equipes – O tênis de mesa paralímpico do Brasil fechou a participação em Tóquio com a terceira medalha, um bronze na competição feminina por equipes. A equipe formada por Bruna, Danielle e Jennyfer venceu a Turquia nas quartas de final, mas foi derrotada pela Polônia nas semis. Como não existe disputa pelo terceiro lugar, as brasileiras garantiram o bronze.

Esgrima em cadeira de rodas

A esgrima só é disputada em cadeira de rodas na Paralimpíada. Os atletas são divididos em três classes: A, B e C. O critério é a mobilidade do atleta, especialmente do tronco. Quem compete na classe A tem mais dificuldade, enquanto quem está na C tem a mobilidade menos comprometida.

Guissone comemora vitória na esgrima em Tóquio.
Guissone comemora vitória na esgrima em Tóquio.TAKUMA MATSUSHITA/CPB

Jovane Guissoni, medalha de prata na classe B – Gaúcho de Barros Cassal, Jovane Guissoni conquistou a medalha de prata na classe B da esgrima em cadeira de rodas no segundo dia de competição. Na campanha pela prata, foram oito lutas e apenas duas derrotas, uma delas para o vencedor Alexander Kuzyokov, do Comitê Paralímpico Russo. Guissoni é vice-líder do ranking mundial e foi campeão paralímpico em 2012. “Meu objetivo era trabalhar bastante para chegar aqui em Tóquio, fazer o meu melhor e garantir uma medalha para o Brasil. Feliz, jogando solto e colocando em prática tudo aquilo que treinei”, comemorou o brasileiro.

Hipismo

No hipismo, os atletas são divididos em cinco graus. O grau 1 é para quem tem comprometimento severo nos quatro membros; grau 2 para cadeirantes com boa funcionalidade dos braços, comprometimento unilateral severo ou cegos; grau 3 para comprometimento unilateral, moderado nos quatro membros, severo nos braços ou deficiência visual severa; grau 4 para comprometimento leve em um ou dois membros, ou deficiência visual moderada; e grau 5 para comprometimento leve em um ou dois membros ou deficiência visual leve.

Rodolpho Riskalla conquistou a primeira medalha da história do adestramento paralímpico brasileiro.
Rodolpho Riskalla conquistou a primeira medalha da história do adestramento paralímpico brasileiro.WANDER ROBERTO/CPB

Rodolpho Riskalla, medalha de prata no adestramento grau 3 – O paulista Rodolpho Riskalla trouxe uma medalha inédita para o adestramento paralímpico brasileiro. No segundo dia de Tóquio 2020, ele montou o cavalo Don Henrico e teve 74,659% de aproveitamento em sua apresentação. O ouro ficou com o conjunto holandês Voets/Demantur N.O.P (76,585%) e o bronze com a belga Clayes/San Dior (72.853%).

Judô

O judô paralímpico é disputado apenas entre deficientes visuais. São três classes de atletas: B1, para cegos totais ou pessoas que tem pouca percepção de luz; B2, para atletas com percepção de vultos; e B3, para esportistas que conseguem definir imagens.

A campeã paralímpica Alana Maldonado, que conquistou um inédito ouro para o Brasil no judô feminino.
A campeã paralímpica Alana Maldonado, que conquistou um inédito ouro para o Brasil no judô feminino.KAZUHIRO NOGI / AFP

Alana Maldonado, medalha de ouro no judô na categoria até 70kg B3 – A atleta de 26 anos teve duas vitórias por ippon e triunfou sobre a adversária Ina Kaldani, da Geórgia, por um waza-ari na final. Alana, que é a atual campeã mundial, já havia sido medalha de prata na Rio 2016. Ela perdeu parte da visão aos 14 anos pela doença de Stargardt e seguiu com o judô, que pratica desde os 4 anos, até se tornar a primeira campeã paralímpica pelo Brasil. O peso em que Maldonado luta não faz diferença entre atletas B2 e B3, o que favorece a brasileira por conseguir enxegar algumas imagens.

A judoca Lúcia Araújo, que conquistou um bronze na categoria 57Kg para atletas com deficiência visual nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
A judoca Lúcia Araújo, que conquistou um bronze na categoria 57Kg para atletas com deficiência visual nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.TAKUMA MATSUSHITA/CPB.

Lúcia Araújo, bronze na categoria até 57kg B3 – A paulistana de 40 anos garantiu mais uma medalha para o Brasil neste sábado, ao vencer por ippon a russa Natalia Ovchinnikova na categoria até 57kg. É a terceira medalha paralímpica da atleta, que foi medalha de prata na Rio 2016 e Londres 2012. Ela tem baixa visão por uma toxoplasmose congênita e luta desde os 15 anos.

A judoca Meg Emmerich, medalha de bronze neste domingo na categoria acima de 70kg no judô.
A judoca Meg Emmerich, medalha de bronze neste domingo na categoria acima de 70kg no judô.MATSUI MIKIHITO/CPB

Meg Emmerich, bronze na categoria acima dos 70kg B3 – Após conquistar um bronze no Mundial em 2018, a paulistana de 34 anos subiu ao pódio no Budokan após conquistar a medalha de bronze em Tóquio. Ela tem 40 anos, nasceu com atrofia no nervo óptico e luta desde os 15 anos de idade.

Levantamento de peso

O halterofilismo paralímpico abrange atletas com deficiência nos membros inferiores e/ou com paralisia cerebral. O esporte não faz diferença entre funcionalidades, apenas entre pesos —igual à versão olímpica. São 10 categorias para homens e 10 para mulheres.

Mariana D'Andrea vence na categoria até 73 kg e ganha ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
Mariana D’Andrea vence na categoria até 73 kg e ganha ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.TAKUMA MATSUSHITA/CPB. / MATSUI MIKIHITO

Mariana D’Andrea, medalha de ouro no halterofilismo até 73kg – A atleta brasileira de 23 anos levantou 137kg e garantiu um ouro inédito para o Brasil no halterofilismo. Mariana chegou favorita em Tóquio, como atual líder do ranking mundial. A paulista de Itu tem nanismo e pratica o esporte desde 2015.

Remo

Os atletas paralímpicos são divididos em três categorias no remo: PR1 para remadores com função mínima ou nenhuma função de tronco, que precisam ser amarrados ao assento; PR2 para remadores que possuem uso funcional dos braços e tronco, mas apresentam fraqueza/ausência da função das pernas; e PR3 para remadores com função residual nas pernas e deficientes visuais.

O australiano Erik Horrie (medalha de prata no remo), o ucraniano Roman Polianskyi (medalha de ouro) e o brasileiro Renê Campos Pereira (medalhista de bronze) celebram o pódio neste domingo, 29 de agosto, em Tóquio.
O australiano Erik Horrie (medalha de prata no remo), o ucraniano Roman Polianskyi (medalha de ouro) e o brasileiro Renê Campos Pereira (medalhista de bronze) celebram o pódio neste domingo, 29 de agosto, em Tóquio.DPA VÍA EUROPA PRESS / EUROPA PRESS

Renê Campos Pereira, medalha de bronze no skiff simples PR1 – O brasileiro natural da Bahia completou a prova em 10min03s54, e garantiu o terceiro lugar após uma fenomenal arrancada na reta final, ficando atrás somente do ucraniano Roman Polianskyi (9min48s78) e do australiano Eric Horrie (10min00s82). Aos 41 anos, Pereira é bronze na classe do remo exclusiva para atletas com função mínima ou nenhuma função de tronco. Ele garantiu o pódio competindo na mesma raia em que outro baiano, Isaquias Queiroz, também foi medalhista pelo Brasil.

Bocha

Esporte exclusivo das Paralimpíadas, a bocha é disputada apenas por atletas em cadeira de rodas. São quatro classes: BC1, para quem tem opção de auxílio de ajudantes; BC2, para atletas que não podem receber assistência; BC3, para esportistas que têm deficiências muito severas e podem receber auxílio; e BC4, para atletas com deficiência severa que não recebem assistência.

Maciel foi bronze na classe BC2 da bocha.
Maciel foi bronze na classe BC2 da bocha.TAKUMA MATSUSHITA/CPB

Maciel Santos, medalha de bronze na bocha BC2 – Aos 35 anos, o brasileiro superou Worawut Saengampa, da Tailândia, por 4 a 3 e ficou com o bronze na classe individual. O cearense de Crateus já havia sido ouro em 2012 e prata em 2016. Ele nasceu com paralisia cerebral e entrou para o esporte com 11 anos de idade.

José Chagas ficou com o bronze na BC1.
José Chagas ficou com o bronze na BC1.TAKUMA MATSUSHITA/CPB

José Chagas, medalha de bronze na bocha BC1 – Logo depois de Maciel, o paulista José Chagas também ganhou o bronze na bocha, desta vez na classe BC1. Aos 44 anos, ele derrotou o português André Ramos por 8 a 2 e conquistou a primeira medalha do Brasil na história da classe BC1.

Parataekwondo

O parataekwondo estreia no cronograma paralímpico em Tóquio dividido em duas categorias. A K43 abriga atletas com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão ou dismelia bilateral. A K44 contempla atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores.

Nathan ganhou um ouro inédito para o Brasil.
Nathan ganhou um ouro inédito para o Brasil.THOMAS PETER / REUTERS

Nathan Torquato, medalha de ouro na categoria até 61kg K44 – O primeiro dia de parataekwondo na história das Paralimpíadas já trouxe uma medalha dourada para o Brasil. Torquato, paulista de 20 anos, venceu o atleta Parfait Hakizimana, que nasceu em Burundi e compete pelo time de refugiados, e o italiano Antonino Bossolo para chegar na final. Ele enfrentaria o egípcio Homaed Elzayat na decisão pelo ouro, mas o adversário se machucou na semifinal que venceu. Elzayat chegou a comparecer ao tatame para lutar depois de receber atendimento médico, mas não teve condições de continuar logo nos primeiros segundos de disputa. Com isso, o brasileiro levou o ouro.

Todas as nossas reportagens estão em constante atualização. Quem entender (pessoas físicas, jurídicas ou instituições) que tem o direito de resposta acerca de quaisquer de nossas publicações, por ter sido citado ou relacionado a qualquer tema, pode enviar e-mail a qualquer momento para [email protected]

  • ©Plantão dos Lagos
  • Fonte: El Pais
  • Fotos: divulgação