Como Vitor Roque usou ‘cabeça fria’ para brilhar contra o River


Vitor Roque comemora o seu gol na vitória do Palmeiras sobre o River no Allianz Parque
CÉSAR GRECCO/PALMEIRAS

Vitor Roque comemora o seu gol na vitória do Palmeiras sobre o River no Allianz Parque

Em um jogo muito nervoso, o Palmeiras voltou a vencer o River Plate, desta vez por 3 a 1, na última quarta-feira (24), no Allianz Parque, e avançou à semifinal da Libertadores. Sob comando de Vitor Roque, eleito o melhor em campo, a equipe de Abel Ferreira teve, como gosta de dizer, “cabeça fria e coração quente” para confirmar a classificação.

“Conversamos internamente que era para jogar futebol. Sabíamos que eles iam provocar, que era para não entrarmos no jogo deles. Graças a Deus, fomos felizes e saímos com a vitória”, disse o grande destaque do duelo.

Os donos da casa não poderiam ter um início de partida pior: sofreu gol de Salas antes dos 10 minutos, que deixava tudo igual no placar agregado. Sem precisar mais correr atrás da desvantagem, os argentinos tinham um claro plano de desestabilizar o adversário para tentar equilibrar com a disparidade técnica.

  • Palmeiras vence o River Plate por 3 a 1 e avança à semifinal
  • Vitor Roque é eleito melhor em campo no Allianz Parque
  • Flaco López marcou dois gols e consolidou a classificação
  • Alviverde chega à quinta semifinal em seis edições da Liberta

“Cabeça fria”: atacante não caiu na pilha

A estratégia ficou clara em lance no fim da etapa inicial, envolvendo Roque, que sofreu falta clara, não marcada pelo árbitro, e viu o Martínez Quarta partir para cima dele, com objetivo de receber um revide físico. Mas teve a “cabeça fria” para não cair na pilha. Esta mentalidade forte seria capital para o alviverde mudar a retórica do confronto.

Na etapa final, o restante da equipe pareceu encorpar a tranquilidade do atacante e começou a colocar a bola no chão. A mudança de postura deu resultado, justamente com o quem já havia mostrado o caminho para recolocar os trilhos nos eixos: Vitor Roque teve o “coração quente” para acreditar no rebote da própria cabeçada e recolocar o Palmeiras na semifinal.

Troco nos argentinos

Já com o resultado ao seu favor, o alviverde sabia que o desafio mental tinha passado para o outro lado. E o camisa 9 utilizou disso para fazer os adversários pagarem na mesma moeda: chutou a bola para longe, após falta marcada para o River, e fez Acuña perder a cabeça. O lateral-esquerdo o empurrou e em seguida deu uma cabeçada em Emiliano Martínez, ignorada pelo VAR.

Vitor Roque foi o exemplo que seus companheiros precisavam para manter a cabeça no lugar, em partida que até o árbitro estava com os nervos à flor da pele. Não à toa, ele chegou a aplicar um segundo amarelo para Salas, que não estava pendurado — erro prontamente corrigido pelo dono do apito. 

Dupla com Flaco López

Para além da mentalidade, o centroavante já vem sendo referência técnica da equipe há algum tempo, com muita ajuda de Flaco López. E nada mais simbólico que o companheiro de ataque marcasse os dois gols, um de pênalti e outro de placa, que consolidaram a vitória e classificação do Palmeiras.

Na semifinal da Libertadores pela quinta vez nas últimas seis edições, a equipe de Abel espera o desfecho do confronto entre São Paulo e LDU para saber quem será o próximo adversário na competição.



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