Como retomada do futebol europeu serviu de exemplo para NBA


O brasileiro Arnon de Mello, vice-presidente da NBA para a América Latina, admitiu nesta quinta-feira que a liga de basquete dos Estados Unidos observou atentamente o retorno dos campeonatos nacionais de futebol na Europa, para proceder a volta das atividades, prevista para o próximo dia 30. “Temos o benefício de que as ligas europeias estão à frente. Aprendemos muito. Acredito que nossos torcedores assistirão algo especial”, explicou o dirigente, durante participação no fórum virtual WFS Live, organizado pelo World Football Summit e pelo ex-atacante Ronaldo.

A reta final da NBA terá 22 equipes em quadra – as que não tinham mais chances de ir aos playoffs ficarão fora da disputa – e está prevista para acontecer até outubro. Segundo Arnon, a Europa será beneficiada com exibição de algumas partidas no horário nobre local, devido a nova programação organizada. Além disso, a transmissão em TV terá “ângulos nunca vistos”, elementos de realidade virtual, entre outras atrações, para deixar o público mais próximo.

“O objetivo para todos será levar aos jogadores o ambiente oferecido pelos torcedores. Veremos como isso afeta aos jogadores. Levar essa experiência será nosso principal desafio”, detalhou Arnon de Mello, em mesa-redonda sobre o impacto da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, em diversos esportes.

Também participaram do debate o presidente do San Francisco 49ers, Al Guido; o fundador da corrida de obstáculos Spartan Race, Joe De Sena; e do diretor da nova categoria de rali com veículos elétricos Extreme E, Alejandro Agag.

O dirigente de uma das mais tradicionais franquias da liga de futebol americano dos EUA (NFL) admitiu que foi necessário acelerar muitos aspectos que estavam em desenvolvimento, como ingressos virtuais, pagamentos sem contato por conteúdos digitais

“A necessidade é a mãe de muitas invenções. A necessidade de encontrar novas maneiras de se aproximar dos torcedores, de obter novas vias de receitas, nos força a pensar de uma maneira diferente. Não há outra opção, e é uma oportunidade tremenda para o mundo do esporte e do entretenimento”, explicou Guido.

Agag, por sua vez, revelou que a ideia era que a Extreme E fosse disputada em locais remotos, como a Amazônia, por exemplo, por isso, já havia ideia de não contar com público presente, por isso, já estudavam formas de aprimorar a experiência virtual dos fãs.

“Nós já trabalhávamos com a ideia dos torcedores em casa, com câmeras especiais, comunicações com pilotos e marcas, merchandising. O objetivo é levar a experiência para onde a pessoa vive”, detalhou.

Embora haja grande desenvolvimento nos meios digitais, o fundador da Spartan Race, Joe De Sena, admitiu que as pessoas buscam por interação, em especial, neste momento, querem voltar a ter algum tipo de contato, mesmo respeitando regras de distanciamento. “Na primeira competição que organizamos, na Flórida, vi muita gente chorando”, explicou.

*Com EFE



Fonte: Jovem Pan